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São Paulo, 12/11/2025 - A atuação dos chamados “puxadores” é sempre a mesma: uma pessoa geralmente bem vestida se passa por advogado, para abordar os segurados na porta das unidades de atendimento do INSS, geralmente com promessas de vantagens que vão da agilização de processos até o aumento no valor de benefícios. Em outras situações, a abordagem tem início a partir da apresentação do cartão de um escritório de advocacia.
A situação que nos últimos dias tem recebido destaque nos noticiários e que não é necessariamente novidade tem despertado à atenção. Diante da situação, uma das formas encontradas pelo INSS para coibir a prática criminosa foi alertar aposentados e pensionistas, de que não é preciso pagar para pedir um benefício, pois o cidadão resolve tudo direto com o instituto, sem intermediários.
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“O INSS, como órgão público, seus serviços são gratuitos e diretos para o cidadão. Logicamente, que o cidadão pode escolher ser representado por um advogado, quando assim ele quiser, mas nunca por meio de atravessadores", que se utilizam de alguma fragilidade ou desconhecimento do nosso segurado para se beneficiar", afirmou ao Viva o presidente do INSS Gilberto Waller Júnior.
"A situação de que pessoas ficam à frente de uma agência da Previdência cooptando é uma ação não aprovada pelo INSS, assim como também não aprovada pela Ordem dos Advogados do Brasil. O INSS está atento e quando verifica que a situação passa dos limites razoáveis, aceitáveis, chama a polícia para poder dar uma satisfação, uma solução para aquela demanda”, acrescentou o presidente do INSS.
Acesse os serviços da Previdência Social pelo endereço https://www.gov.br/pt-br/temas/meu-inss ou pelo aplicativo disponível para Android e iOS. São mais de 90 serviços oferecidos gratuitamente.
Funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de Brasília). As ligações podem ser feitas sem custo e o atendimento é feito por atendentes capacitados.
Estes locais oferecem atendimento presencial e personalizado, em geral mediante agendamento prévio pelo telefone 135 ou pelo Meu INSS. Proteja seus dados e evite intermediários
Contratar intermediários para pedir serviços do INSS pode representar um grande risco, uma vez que as informações dadas podem ser usadas para abrir contas e fazer empréstimos. A senha do Meu INSS é a mesma da conta gov.br, que dá acesso a diversos serviços. Por esta razão, ela deve ser guardada com cuidado e nunca compartilhada
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O INSS alerta que estabelecimentos privados, tais como lan houses, lojas, instituições financeiras e outros locais comerciais, não possuem permissão para prestar serviços em nome do Instituto. Ao buscar informações nesses locais, o cidadão pode ser alvo de fraudes e tentativas de golpe.
É importante ter cuidado com pessoas que se apresentam como influentes ou “bem relacionadas”, oferecendo vantagens e facilidades para agilizar pedidos ou liberar benefícios, pois elas não possuem qualquer relação com o INSS.
Reclamações ou denúncias sobre a atuação de intermediários podem ser feitas pela Ouvidoria do INSS, pela Central 135 e pelo Meu INSS. Todos os serviços do INSS são gratuitos e podem ser feitos diretamente pelo segurado, sem cobrança e com segurança.
Ordem dos Advogados do Brasil Seção de São Paulo, denunciou à Polícia Federal a existência de um esquema nacional de uso indevido de credenciais de advogados e advogadas em consultas automatizadas e não autorizadas a milhares de processos judiciais em diferentes regiões do País. Uma vez em posse de tais informações, os criminosos se passam por profissionais da advocacia para enganar cidadãos com falsas solicitações de transferências via PIX, supostos depósitos judiciais ou pagamentos de custas processuais.
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O presidente da OAB SP, Leonardo Sica, reforça que o impacto desse tipo de crime vai muito além das perdas financeiras. “Além do prejuízo financeiro, isso também abala a confiança das pessoas na administração da Justiça. É importante entender que, muitas vezes, é difícil chegar até o golpista, porque eles se protegem. Como temos visto, há milhares de movimentações reiteradas com determinados dados. O que precisamos fazer é melhorar os protocolos de segurança digital das pessoas e do judiciário”, alerta Sica
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