São Paulo e Washington, 13/06/2025 - Israel voltou a promover uma série de ataques contra alvos no Irã, conforme múltiplos relatos na imprensa local e dos próprios militares israelenses. Ao mesmo tempo, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) identificaram, há pouco, um míssil lançado a partir do Iêmen em direção ao território israelense.
Em publicação no X (antigo Twitter), os militares do país dizem que os sistemas de defesa "estão trabalhando para interceptar a ameaça". Sirenes de emergência foram ativadas em várias regiões de Israel, inclusive em Jerusalém, de acordo com as IDF.
Nas redes sociais, as IDF publicaram vídeos que mostram as atividades militares de agora há pouco. "A Força Aérea continua a atacar lançadores de mísseis e infraestrutura para lançamento de veículos aéreos não tripulados no Irã", escreveram.
Paralelamente, a agência de notícias Fars, que pertence a Guarda Islâmica Revolucionária do Irã, relatou duas explosões "momentos atrás" a alguns metros da base nuclear de Fordow, onde os iranianos enriquecem urânio. Explosões também foram ouvidas há poucos minutos nos arredores de Teerã, de acordo com a agência iraniana Mehr.
Os militares de Israel começaram a mobilizar soldados da reserva após terem iniciado ofensiva contra o Irã, informou as Forças Armadas israelenses (IDF, na sigla em inglês) em publicação nesta sexta-feira.
"Como parte das avaliações defensivas e ofensivas em todos os setores, e com o início da Operação 'Am Kalavi', as IDF começaram a recrutar soldados da reserva de várias unidades para vários setores de combate em todo o país", informaram.
O recrutamento acontece em meio à sinalização do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que a batalha contra os iranianos ainda não acabou e deve durar por um tempo indeterminado.
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia dito que a operação contra o Irã "ainda não acabou" e que não pode dizer quanto tempo a ofensiva vai durar. Em pronunciamento à nação, o premiê reforçou compromisso de proteger o país do que chamou de "regime do terror".
Segundo Netanyahu, o eventual desenvolvimento de bombas nucleares iranianas representaria uma ameaça existencial ao futuro dos israelenses. "Se o Irã tiver armas nucleares, nós não vamos existir aqui", disse.
O primeiro-ministro assegurou ter informado os americanos do ataque com antecedência. De acordo com ele, a expectativa era de que a operação ocorresse no final de abril, mas a data teve que ser adiada por "várias razões".
Mobilização
Os militares de Israel começaram a mobilizar soldados da reserva após terem iniciado ofensiva contra o Irã, informaram as Forças Armadas israelenses (IDF, na sigla em inglês) em publicação nesta sexta-feira.
"Como parte das avaliações defensivas e ofensivas em todos os setores, e com o início da Operação 'Am Kalavi', as IDF começaram a recrutar soldados da reserva de várias unidades para vários setores de combate em todo o país", informaram.
O recrutamento acontece em meio à sinalização do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que a batalha contra os iranianos ainda não acabou e deve durar por um tempo indeterminado.
Estados Unidos
Os Estados Unidos estão deslocando recursos militares, incluindo navios, no Oriente Médio em resposta aos ataques de Israel contra o Irã e a uma possível retaliação de Teerã, disseram dois oficiais americanos nesta sexta-feira.
A Marinha ordenou que o Destroyer USS Thomas Hudner, capaz de defender contra mísseis balísticos, inicie navegação do Mediterrâneo Ocidental para o Mediterrâneo Oriental, e também determinou que um segundo Destroyer avance para estar disponível caso seja solicitado pela Casa Branca.
O presidente americano, Donald Trump, está se reunindo com os principais membros do Conselho de Segurança Nacional nesta sexta para discutir a situação. Os oficiais falaram sob condição de anonimato para fornecer detalhes ainda não divulgados publicamente.
As forças na região vêm adotando medidas preventivas há dias, incluindo a saída voluntária de familiares de militares das bases regionais, em antecipação aos ataques e para proteger essas pessoas caso haja uma resposta em grande escala de Teerã.
Tropas
Normalmente, cerca de 30 mil soldados estão localizadas no Oriente Médio, e atualmente cerca de 40 mil estão na região, segundo um terceiro oficial americano. Esse número chegou a 43 mil em outubro passado, em meio às tensões contínuas entre Israel e Irã, bem como ataques constantes a navios comerciais e militares no Mar Vermelho pelos houthis apoiados pelo Irã no Iêmen.
A Marinha possui outros recursos que podem ser deslocados rapidamente para o Oriente Médio se necessário, especialmente seus porta-aviões e os navios de guerra que os acompanham. O USS Carl Vinson está no Mar da Arábia, o único porta-aviões na região. O porta-aviões USS Nimitz está no Indo-Pacífico e poderia ser direcionado ao Oriente Médio se necessário, e o USS George Washington saiu recentemente do porto no Japão e também poderia ser enviado à região, segundo disse um dos oficiais à agência Associated Press.