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Lula defende exploração de petróleo e diz que não quer ser líder ambiental

César Fernandes / Agência Brasil

Lula defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial; ele diz que 53 chefes de Estrado vão participar da COP 30 - César Fernandes / Agência Brasil
Lula defende a exploração de petróleo na Margem Equatorial; ele diz que 53 chefes de Estrado vão participar da COP 30

Por Redação Viva

redacao@viva.com.br
Publicado em 04/11/2025, às 16h59
Brasília, 04/11/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial e negou que queira ser um “líder ambiental”. “Não quero ser líder ambiental, nunca reivindiquei isso”, declarou em entrevista a agências internacionais em Belém (PA), onde será sediada a COP30 neste mês.
“Temos autorização para fazer teste, se encontrar petróleo, vai ter que haver nova licença”, afirmou em relação à permissão do Ibama para pesquisa de petróleo na Bacia do Foz do Amazonas. “Quero fazer o que os especialistas do meu governo e minha consciência dizem o que tenho que fazer”, defendeu.
“Se eu fosse um líder falso e mentiroso, eu esperaria passar a COP para anunciar. Mas se eu fizesse isso eu estaria sendo pequeno diante da importância do que significa você fazer o teste na Margem Equatorial. Se tiver que explorar, vamos fazer da forma mais cuidadosa que alguém pode fazer”, disse Lula.

'Incoerente'

 O presidente disse que seria “incoerente” e irresponsável afirmar que “não vamos mais usar petróleo”. “Tem gente que acha que não devemos explorar petróleo em lugar nenhum, isso sim é incoerente, sem apresentar alternativa”, destacou.
“Todo mundo sabe que um dia o petróleo vai acabar. […] Ninguém no mundo consegue sobreviver sem isso [combustível fóssil]. Poderemos ser o primeiro de que qualquer país do mundo a abrir mão disso. Mas como chefe de Estado, temos que ter responsabilidade”, enfatizou Lula.
Lula disse que 53 chefes de Estado devem participar da COP30 em Belém, além de 46 ministros e por volta de 19 organismos internacionais. Lula também afirmou que pretende levar adiante a proposta de criação de um conselho ambiental ligado à ONU, para analisar o cumprimento de metas climáticas por parte dos países.

Instrumento político 

 "Hoje, não faz mais sentido saber quem poluiu mais ou poluiu menos. É questão de cuidar e criar instrumento político para fazer valer as coisas que aprovarmos aqui. Nossa proposta é criar um conselho ambiental ligado à ONU, para que a gente possa, ao tomar a decisão, os países que não cumprirem, aí sim, pensar que penalidade criar para cada país. Uma penalidade consentida de forma multilateral, e não uma decisão unilateral de um país querendo punir o outro", declarou.
 Lula citou a COP realizada em Copenhague, em 2009, quando havia uma pressão contra a China por causa da poluição emitida pelos asiáticos. O petista disse que, à época, concordou que os chineses colaboravam para o aquecimento global, mas que os países desenvolvidos poluíram por mais tempo.
 Lula disse que “depois disso a China avançou muito nas questões climáticas, vai vir com muita moral para a COP30, o avanço na questão do motor elétrico é algo que a gente não pensava há cinco anos que teria”.

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