Por que um foguete sul-coreano explodiu no Maranhão? Entenda
Reprodução/Youtube/@INNOSPACE
23/12/2025 | 09h42
São Paulo, 23/12/2025 - O primeiro lançamento comercial de um foguete a partir do Brasil terminou em falha e explosão na noite de ontem. O HANBIT-Nano, desenvolvido pela empresa privada sul-coreana Innospace, sofreu uma anomalia pouco após a decolagem e teve o voo interrompido, segundo informou a Força Aérea Brasileira (FAB).
O foguete foi lançado às 22h13 do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. De acordo com a FAB, o veículo chegou a iniciar sua trajetória vertical conforme o previsto, mas apresentou um problema logo após deixar a plataforma e colidiu com o solo.
A transmissão ao vivo do lançamento, exibida no YouTube pela Innospace, foi cortada segundos depois da decolagem.
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O que aconteceu com o foguete?
Antes da interrupção do sinal, foi possível observar imagens que indicavam uma possível explosão. Na sequência, a empresa exibiu um aviso em inglês informando que havia ocorrido uma "anomalia durante o voo".
Em nota, a FAB afirmou que equipes da Aeronáutica e do Corpo de Bombeiros do CLA foram enviadas ao local para analisar os destroços e a área da colisão.
Segundo a Força Aérea, todas as etapas sob sua responsabilidade, como segurança, rastreio e coleta de dados, foram executadas conforme o planejamento e dentro dos parâmetros internacionais do setor espacial.
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"Uma equipe da FAB e do Corpo de Bombeiros do CLA já foi enviada ao local para análise dos destroços e da área de colisão. Todas as ações sob responsabilidade da FAB para coordenação da operação, que envolvem segurança, rastreio e coleta de dados foram cumpridas exatamente conforme planejado, garantindo um lançamento controlado e dentro dos parâmetros internacionais do setor espacial", diz a nota.
As causas da falha ainda estão sendo apuradas. Técnicos da Innospace seguem analisando os dados do voo em conjunto com a FAB e demais órgãos envolvidos na operação, batizada de Spaceward. Não há registro de feridos.
O lançamento do HANBIT-Nano marcaria o primeiro voo orbital comercial realizado a partir do território brasileiro, um marco para o uso do Centro de Lançamento de Alcântara por empresas privadas internacionais.
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