Lula veta integralmente o aumento de número de deputados

Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Além de contrariar a legislação, o Planalto avaliou que não fazia sentido sancionar uma proposta de elevação dos gastos públicos nesse momento - Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
Além de contrariar a legislação, o Planalto avaliou que não fazia sentido sancionar uma proposta de elevação dos gastos públicos nesse momento

Por Eduardo Rodrigues, da Broadcast

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Publicado em 17/07/2025, às 09h32
Brasília, 17/07/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou cinco ilegalidades para justificar o veto integral à lei que aumentava o número de deputados federais de 513 para 531. Como mostrou a Broadcast, além de contrariar a legislação, o Planalto avaliou que não fazia sentido sancionar uma proposta de elevação dos gastos públicos em um momento de aperto nas contas públicas.
Em despacho no Diário Oficial da União (DOU), Lula argumentou que a proposta é "inconstitucional e contraria ao interesse público", por violação ao disposto no art. 167, § 7º, da Constituição, no art. 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, no art. 17, § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, no art. 129, § 1º, e no art. 132 da Lei nº 15.080, de 30 de dezembro de 2024 - Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.
"Ao prever a ampliação do número de parlamentares, a medida acarreta aumento de despesas obrigatórias, sem a completa estimativa de impacto orçamentário, de previsão de fonte orçamentária e de medidas de compensação, onerando não apenas a União, mas também entes federativos (Constituição Federal, art. 27, caput). Ademais, o art. 6º, parágrafo único, do Projeto de Lei Complementar está em dissonância com o art. 131, IV, da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, já que prevê a possibilidade de atualização monetária de despesa pública", completou o Planalto.
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