São Paulo, 04/11/2025 - O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse em entrevista nesta terça-feira que defende que não se cobre taxa de bagagens em voos nacionais, mas que internacionalmente deixe o mercado livre para cobrar ou não a tarifa extra.
"Eu defendo que aqui no País a gente não tem o aumento da bagagem, dessa taxa, mas para voos internacionais a gente possa liberar o mercado internacional e automaticamente a gente fazer a cobrança dessa taxa porque essa é uma política internacional", afirmou ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O ministro declarou que é preciso esperar o Congresso decidir sobre a cobrança de taxa de bagagens, porque as empresas têm liberdade econômica e não há o que o governo possa fazer sem a liberação do Legislativo.
Segundo ele, a pandemia causou uma inflação sobre os preços das passagens aéreas pela baixa oferta de aeronaves pela indústria. Ele disse ainda que busca uma redução do preço dos bilhetes.
Silvio Costa Filho também fez um apelo para que os passageiros brasileiros tenham mais planejamento em suas viagens de avião, para que consigam encontrar tarifas mais baratas. Ele reconheceu que as companhias aéreas passaram por dificuldades no pós-pandemia com recuperações judiciais e prevê que a Azul sairá do plano de recuperação judicial até o fim do ano.
Número de passageiros em alta
O ministro destacou que neste ano, até setembro, a aviação civil já transportou mais de 100 milhões de passageiros e teve "a melhor movimentação da história". A previsão dele é que 2025 termine com a marca de 130 milhões de passageiros. "Em três anos do governo do presidente Lula, já são mais de 30 milhões de passageiros a mais incluídos na aviação do País. Isso é um crescimento, em média, em mais de 10%”, calculou.
Em relação ao leilão de concessão do aeroporto internacional do Galeão, no
Rio de Janeiro, que está previsto para março, Costa Filho acredita que os atuais controladores permanecerão na operação. "Eles estão fazendo um belo trabalho e querem cada vez mais fazer investimentos no Galeão", justificou, acrescentando que o aeródromo fluminense deve fechar o ano com 14 milhões de passageiros.