Valter Campanato/Agência Brasil
Por Equipe Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 05/08/2025 - O monitoramento das redes sociais, feito pelo instituto Quaest de pesquisa, mostra que até às 21h desta segunda-feira, 4, dia em que o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as redes sociais estiveram divididas sobre o fato. De acordo com a amostra, 53% dos internautas se mostraram favoráveis e 47% contra.
O monitoramento, feito no X, Instagram, Facebook, Reddit e YouTube, apurou cerca de 1,2 milhão de menções sobre Bolsonaro e o decreto de prisão domiciliar.
De acordo com o instituto, o debate se intensificou rapidamente após o anúncio, revelando um alto grau de mobilização e engajamento nas redes e a repercussão foi marcada por forte polarização, com discursos de comemoração e "de grande dia" por parte de críticos do ex-presidente, enquanto os alinhados a Bolsonaro reagiram com indignação, levantando acusações de abuso de poder e perseguição política e criticando fortemente a postura de Alexandre de Moraes.
O Quaest informa que a reação dos internautas alinhados à esquerda foi mais descentralizada, sem uma liderança ou narrativa digital clara. "Os internautas levantaram tags genéricas, como 'Grande dia' e 'Bolsonaro preso', em comemoração ao anúncio, e as publicações chegaram rapidamente ao Trending Topics do X", diz o instituto. Do lado dos apoiadores do ex-presidente, "houve imediata mobilização logo após o anúncio da prisão domiciliar, com a narrativa de perseguição e abuso, além dos internautas dizerem que Moraes estaria tentando desviar a atenção das recentes notícias sobre a investigação da 'Vaza Toga', que afeta o ministro".
Segundo o instituto, o monitoramento indica que o tema tem altíssimo grau de engajamento e segue com alto potencial de repercussão e mobilização nas redes, "especialmente com a contínua entrada de figuras e políticos de alta popularidade digital, podendo intensificar ainda mais o debate e as menções".
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