No Vaticano, Alckmin entrega ao Papa convite para visita ao Brasil e participação na COP30

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Alckmin entrega convite ao Papa Leão XIV

Por Pepita Ortega, do Broadcast

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Publicado em 18/05/2025, às 15h12

Brasília, 18/05/2025 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, entregou neste domingo, 18, ao Papa Leão XIV, um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o pontífice visite o Brasil e participe da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP-30, que ocorrerá em novembro em Belém. Alckmin disse ter conversado com o Papa em "portunhol" e que o pontífice não disse, textualmente, se visitará o Brasil, mas "recebeu com muita simpatia o convite".

As declarações ocorreram após Alckmin participar da missa inaugural do pontificado de Leão XIV e se encontrar com o Papa. 'Até disse ao Papa que ele, além de estadunidense, é o segundo latino-americano - que toda a sua vida sacerdotal foi no Peru - e o primeiro amazônico, vez que o Peru faz parte da Grande Amazônia. Ele recebeu com muita simpatia", disse Alckmin a jornalistas.

O vice-presidente chegou a Roma neste sábado, 17, e, à noite, participou de um jantar com cardeais brasileiros e com o arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações Internacionais da Santa Sé. Na ocasião, entregou a Gallagher uma camisa do Santos de presente ao Papa.

Segundo Alckmin, a COP30 também foi tema no jantar com Gallagher. "A Igreja, o Papa Francisco, em especial, tinha uma preocupação com os temas de hoje, a justiça social, que é o grande desafio, e a questão do meio ambiente. Então, dois temas contemporâneos, a questão ambiental, a grande casa comum, o planeta, e, ao mesmo tempo, justiça social", indicou, destacando ainda que os dois temas foram abordados na primeira homilia de Leão XIV.

Indústria

Questionado sobre as expectativas de crescimento da indústria em meio às tarifas dos Estados Unidos e o patamar alto da Selic, Alckmin disse que a "indústria deu uma recuperada" em razão de dois fatores: a nova indústria Brasil, um conjunto de políticas públicas para impulsionar a indústria; e a melhora de renda da população. "O emprego cresceu e a massa salarial cresceu. Então, a indústria cresceu", indicou.

Sobre a Selic, Alckmin disse que o "Brasil é um fenômeno, porque cresce com uma taxa de juros elevadíssima". "Agora, nós temos confiança de que, da mesma forma que cresceu, possa a Selic cair rapidamente, porque ela tem dois efeitos muito ruins, um no PIB e outro na dívida pública", ponderou.

Quanto às tarifas impostas pelos EUA, Alckmin disse que o País tem dialogado com o governo Donald Trump e que está "avançando nesse diálogo". "Quanto mais nós estimularmos o livre comércio, ganha o conjunto da sociedade. E há muita complementariedade econômica. Nós vamos trabalhar nesse sentido", afirmou.

Gripe aviária

O vice-presidente também reforçou, durante a conversa com jornalistas no Vaticano, que o Ministério da Agricultura e Pecuária tomou todas as providências sobre o caso de gripe Aviária no Rio Grande do Sul. "Ela é limitada ao município do Rio Grande do Sul e cumpre totalmente os protocolos sanitários, no sentido de limitá-la e de superar o mais rapidamente possível. O Brasil é um exemplo para o mundo de compromisso com a questão sanitária, tanto animal quanto vegetal", declarou.

Ucrânia

Alckmin ainda foi indagado sobre o convite que recebeu para ir à Ucrânia. O vice-presidente disse que recebeu, em Brasília, o embaixador daquele país, mas indicou que não há nenhuma decisão de viagem. "Quero destacar a palavra do Papa. O Papa Leão XIV, ele traz uma palavra de paz e semeia esperança. Eu acho que, em um mundo difícil, mundo conturbado, mundo complexo que nós vivemos hoje, semear paz e esperança é muito importante".

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