Petrobras vende gasolina 7% mais cara do que no exterior e abre brecha para queda no preço

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Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, os combustíveis estão com preço abaixo do mercado internacional

Por Denise Luna, do Broadcast

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Publicado em 11/04/2025, às 12h15

Rio, 11/04/2025 - O preço da gasolina nas refinarias da Petrobras está em média 7% acima do preço do mercado internacional, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em parceria com a Stonex, abrindo espaço para uma queda de R$ 0,19 por litro no preço do combustível.

O mercado porém continua extremamente volátil, não sendo comum a estatal mexer nos preços em meio a grandes turbulências, segundo declarações da presidente da empresa, Magda Chambriard. No mercado, analistas não arriscam palpites, já que a pressão do governo para uma redução do preço dos combustíveis também é grande.

Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, que pratica a política de paridade de importação (PPI), reajustando os preços semanalmente, os combustíveis estão com preço abaixo do mercado internacional, com defasagem de 2% para a gasolina e 1% para o diesel. A unidade, privatizada em 2021, reduziu o preço da gasolina em R$ 0,33 por litro na última quarta-feira, 9.

Já nas refinarias da Petrobras, o diesel também está sendo vendido mais caro do que no exterior, com destaque para o polo de Itacoatiara, no Amazonas, cuja diferença de preço em relação ao mercado internacional atingiu 9% na quinta-feira, 10.

Segundo a Abicom, as janelas estão abertas para importação para os dois combustíveis.

"Com a redução no câmbio e nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina", informou a Abicom em seu relatório diário.

O preço do petróleo tipo Brent despencou nas últimas semanas na esteira da guerra comercial promovida pelos Estados Unidos, perdendo o patamar de US$ 70 o barril, mas vem oscilando entre pequenas altas e baixas. Nesta sexta-feira, 11, o contrato mais procurado da commodity registrava estabilidade em relação ao fechamento de ontem, a US$ 63,39 o barril, por volta das 9h30.

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