Produção nacional de motos sobe 45% em junho, informa Abraciclo

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Setor terminou o primeiro semestre com a produção de 1 milhão de motos, volume 15,3% maior em relação aos seis primeiros meses de 2024 - Envato
Setor terminou o primeiro semestre com a produção de 1 milhão de motos, volume 15,3% maior em relação aos seis primeiros meses de 2024

Por Eduardo Laguna, da Broadcast

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Publicado em 11/07/2025, às 13h52

São Paulo, 11/07/2025 - A produção de motos teve crescimento de 45% em junho, frente ao mesmo mês do ano passado, chegando a 154,1 mil unidades. Frente a maio, porém, o número representa uma queda de 10,7%. O balanço foi divulgado hoje pela Abraciclo, entidade que representa as montadoras do polo industrial de Manaus (AM), onde está concentrada a maior produção dos veículos de duas rodas no País.

O setor terminou o primeiro semestre com a produção de 1 milhão de motos, volume que, além de superar em 15,3% o total registrado nos seis primeiros meses de 2024, é o maior dos últimos 14 anos. De acordo com a Abraciclo, este foi o terceiro melhor resultado semestral da indústria.

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Presidente da associação, Marcos Bento salientou que o setor ainda observa demanda consistente, o que assegura o ciclo de investimentos e a chegada de novas marcas ao País, além de vários lançamentos da indústria. O setor, diz Bento, segue operando em plena capacidade para atender à demanda, que sobe na esteira da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos no consumo de combustível.

Porém, ainda que a Abraciclo não tenha mudado a previsão que aponta para crescimento de 7,5% da produção neste ano, seu presidente manifestou preocupação com os impactos dos juros altos, que vêm pressionando o varejo, e da tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros.

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Além do efeito direto nas vendas aos EUA, terceiro destino das motos brasileiras no exterior, com 3,4 mil unidades embarcadas no primeiro semestre, há preocupação do setor em relação ao impacto do "tarifaço" no câmbio e, consequentemente, no custo de componentes importados do país.

"Com certeza as montadoras que exportam aos EUA já estão fazendo estudos de impacto", comentou Bento, acrescentando que a Abraciclo espera que o governo consiga negociar a reversão da medida. "Temos contratos de exportação para um volume importante, que não queremos perder", afirmou Bento durante apresentação dos últimos resultados do setor à imprensa.

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