Divulgação CGU
Por Mateus Cerqueira, do Broadcast
[email protected]São Paulo, 06/05/2025 - O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta terça-feira (6) que o ressarcimento a aposentados e pensionistas vítimas de descontos indevidos será feito diretamente na conta onde o benefício previdenciário é depositado.
“Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, declarou em entrevista à rádio CBN.
O valor será repassado pelo Estado em folha, de forma programada, sem necessidade de qualquer ação por parte do segurado. Ele reforçou o alerta para que beneficiários não caiam em novos golpes. “Na mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado. Por isso eu peço, é para todos, não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade.”
O presidente do INSS afirmou ainda que o plano de ressarcimento está em fase final e deve ser entregue até a próxima semana. Apesar da cobrança por agilidade feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pagamento ainda não começou.
A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários tenham sido atingidos pela fraude, com prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Investigações apontam que entidades sindicais cadastravam beneficiários sem autorização para descontar mensalidades, com envolvimento de servidores que recebiam propina para liberar os dados.
Ontem, Waller Júnior disse que o governo irá cobrar o ressarcimento dos conglomerados de empresas envolvidos nos descontos indevidos em aposentadorias e pensões. "Vamos buscar recursos nos sócios e conglomerados de empresas para ressarcir", declarou. Segundo ele, o pagamento aos segurados prejudicados deve começar ainda nesta semana.
Waller Júnior ainda acrescentou que, caso os recursos não sejam suficientes ou disponíveis de imediato, a administração pública poderá assumir a responsabilidade pelo pagamento. "O segundo passo é que a administração pública vai arcar com o restante que não conseguir dessa restituição. Aparentemente sim, aparentemente isso é uma consequência", disse.
Questionado sobre a possibilidade de o Tesouro Nacional ser acionado para viabilizar os pagamentos, Waller Júnior não descartou a hipótese. "Não dá para garantir [que Tesouro fique fora]; estamos estudando método de ressarcimento", disse. O tema é acompanhado de perto por integrantes da equipe econômica por seu potencial impacto fiscal.
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