Ribeirinhos e quilombolas vítimas de fraude serão identificados, diz Wolney

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A busca deve atingir comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas - Acervo Câmara dos Deputados
A busca deve atingir comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas

Por Pepita Ortega e Cícero Cotrim, do Broadcast

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Publicado em 10/06/2025, às 17h00
Brasília, 10/06/2025 - O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, indicou nesta terça-feira, 10, que a Pasta e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão fazer uma busca ativa de aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes milionárias desbaratadas na Operação Sem Desconto. Essa busca deve atingir comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas.
A iniciativa, no entanto, só será lançada após serem esgotadas outras formas de atendimento, indicou o ministro a deputados durante audiência pública das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara.
“A Previdência Social tem barcos chamado Previ Barcos e tem carros chamado Previ Móveis. E esses carros, esses barcos vão fazer o atendimento, fazer uma busca ativa das pessoas. A gente não deflagrou esse passo ainda, para evitar que haja novas fraudes, pessoas vistam o colete da Previdência Social, procurem as pessoas e seja uma nova fraude. Nós vamos primeiro esgotar o atendimento pelos Correios, pelo aplicativo, pelo 355”, pontuou.
“Depois a gente vai procurar as comunidades ribeirinhas, as quilombolas, comunidades indígenas que não têm acesso à internet, energia elétrica, para fazer uma busca ativa desse contingente para que ninguém fique para trás. Lula pediu que não fique nenhum aposentado para trás”, seguiu.
O ministro também rebateu perguntas sobre fraudes em consignados, indicando que há números “fantasiosos e fictícios” sobre o tema. “O que existe na prática, é um sistema seguro dos consignados. Porém, existem 320 mil correspondentes bancários, chamados pastinhas, vendendo o crédito consignado no Brasil. Agora, esse tudo é feito com regulação do Banco Central, é feito com fiscalização do Banco Central, e é feito com lastro financeiro. Então não há hipótese do INSS ficar no prejuízo e do aposentado ficar no prejuízo”, frisou.
Segundo Wolney, há um número decrescente de reclamações sobre o tema e a Pasta tem “apertado” a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) pelo reforço de critérios. Na visão do ministro, as entidades têm interesse em diminuir o número do assédio aos aposentados. “Não existe esse escândalo dos créditos consignados”, frisou.

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