Reprodução/TV Globo
Por Geovani Bucci, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 16/08/2025 - Ao lançar sua pré-candidatura à Presidência da República neste sábado, 16, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu que "ajustes" podem acontecer no caminho até o pleito o ano que vem.
"Eu já participei de duas campanhas, em 2018 e 2022, e sei que ajustes acontecem no caminho. Partidos mudam candidatos, reposicionam nomes", disse Zema. "Hoje a proposta é permanecer candidato."
Ainda assim, Zema não descartou a possibilidade de vir a compor uma chapa com algum outro pré-candidato de direita e centro-direita. Ele afirmou que mantém uma relação próxima com Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem disse "admirar", e destacou que o governador de São Paulo tem uma aprovação excepcional.
Na avaliação de Zema, o cenário mais provável é o de a direita lançar vários pré-candidatos agora, mas se unir no segundo turno. Ressalvou, porém, que tudo dependerá das conversas políticas ao longo do caminho.
Durante o seu discurso, o governador ressaltou que “nunca teve padrinho” dentro do governo, reiterando sua característica de “outsider”. A fala também ocorre num ambiente de falta de apoio à sua pré-candidatura por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo entorno o considera como nome de pouca expressão fora do Estado que governa.
O governador mineiro se dirigiu ao palco ao som da música “Que País é Esse?”, de Legião Urbana. No palanque, o telão mostrava as cores da bandeira do País ao invés do tradicional laranja do partido. O evento conta com a presença de figuras como o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, e o ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP). Também estão confirmados o senador Eduardo Girão (Novo-CE), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, endossado por Zema como seu sucessor no Estado.
O pré-candidato criticou o peso dos privilégios do setor público, destacando que apenas o Judiciário consome mais de R$ 10 bilhões em salários acima do teto, aposentadorias especiais e pensões. Para ele, reformar o Estado e eliminar tais privilégios é "condição indispensável" para o Brasil avançar. Ele também acenou ao agronegócio brasileiro, chamando-o de "o futuro". Sobre a segurança pública, pauta preocupante para a população segundo pesquisas mais recentes, afirmou que "facções criminosas são tratadas como grupos terroristas em outros países".
Numa série de críticas ao governo Lula, Zema afirmou que o “lulismo” está afundando o País e que chegou a hora de virar essa página. Lembrou que, em 2015, a crise econômica atingiu duramente os mineiros, somada à recessão do governo Dilma Rousseff e à gestão de Fernando Pimentel em Minas Gerais.
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.