Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 02/12/2025 - O Índice de Massa Corporal (IMC) continua sendo uma das formas mais simples de avaliar se o peso está adequado para a altura. A medição é resultado da divisão do peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). A simplicidade é justamente o que torna o índice tão utilizado na prática clínica, já que ajuda a identificar possíveis riscos à saúde relacionados à magreza extrema, excesso de peso ou obesidade.
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Mas o indicador também tem limitações importantes, ele não diferencia músculo de gordura, não avalia onde está concentrada a gordura corporal e pode variar segundo idade, sexo e características individuais. É um método preliminar e básico, que exige maiores acompanhamentos.
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Segundo a Abeso, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, que disponibiliza uma calculadora online em seu site oficial, essas são recomedações para interpretar seus números com a tabela de referência:
A conta é rápida:
IMC = peso ÷ (altura × altura).
Uma pessoa com 1,60 m e 50 kg faz o cálculo 50 ÷ 2,56, resultando em IMC de 19,5.
Além da fórmula, muitas pessoas preferem usar calculadoras automáticas, uma maneira prática de saber em segundos se estão dentro da faixa considerada saudável.
| Classificação | IMC (kg/m²) |
| Baixo peso menor que = | 18,5 |
| Peso normal = | 18,5 a 24,9 |
| Excesso de peso = | 25 a 29,9 |
| Obesidade grau I = | 30 a 34,9 |
| Obesidade grau II = | 35 a 39,9 |
| Obesidade mórbida = | 40 ou mais |
| Peso baixo = | magreza acende um alerta |
Estar abaixo do peso não significa boa saúde, pois um IMC inferior aos valores recomendados pode indicar subnutrição ou outros problemas que precisam de avaliação profissional.
Privação alimentar, distúrbios alimentares, doenças metabólicas, intolerâncias, parasitas, condições inflamatórias intestinais e quadros de stress são algumas das possíveis causas.
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Entre as consequências mais frequentes estão cansaço persistente, queda de cabelo, alterações menstruais, infertilidade e ansiedade. O acompanhamento médico e nutricional é essencial.
Um IMC classificado como normal indica que o peso está adequado à altura, o que reduz o risco de diversas doenças. Mesmo assim, manter esse resultado exige rotina:
Elementos que ajudam a sustentar não só o peso, mas também o bem-estar geral.
O intervalo entre 25 e 29,9 aponta para excesso de peso, considerado uma fase de pré-obesidade. Aqui, vale investigar a composição corporal, percentual de gordura, massa muscular e água e medir regiões como cintura, abdômen e peito para acompanhar a resposta às mudanças de estilo de vida.
O acompanhamento profissional também ajuda a prevenir o avanço para quadros de obesidade e a reduzir riscos cardiovasculares.
IMC igual ou acima de 30 já caracteriza obesidade, uma doença crónica que exige atenção médica. Ela pode ser moderada, grave ou mórbida, dependendo da faixa do índice.
O acúmulo de gordura na região abdominal é especialmente preocupante, pois aumenta significativamente o risco de problemas cardiovasculares.
Entre as causas estão consumo excessivo de calorias, alterações hormonais, doenças metabólicas e fatores comportamentais.
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Saber o próprio IMC pode ajudar a identificar riscos associados ao peso e a monitorar mudanças ao longo do tempo. Em crianças e adolescentes, o índice contribui para avaliar se o desenvolvimento segue o esperado. Em adultos, funciona como ferramenta preventiva, já que excesso de peso e obesidade estão ligados a:
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O IMC não é suficiente para todos os casos, outras medições complementam a análise, como:
Esses métodos oferecem uma leitura mais precisa do corpo além do IMC, principalmente para atletas, idosos ou quem tem grande variação de massa muscular.
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Índice de Massa Corporal