Brasília, 08/07/2025 - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, minimizou a crise entre o Palácio do Planalto e o Congresso, que escalou após a derrubada do decreto que aumentou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo Costa, o governo deverá reabrir nos próximos dias o diálogo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e com líderes partidários.
“Essa semana é o momento de voltar a sentar com os líderes e voltar a sentar com os dois presidentes. Eu acho que é plenamente possível repactuar a relação, estabelecer um cronograma de votações no Congresso”, afirmou Costa ao programa
Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, 7.
Costa reiterou que Motta e Alcolumbre descumpriram um acordo estabelecido com o governo para dar um prazo para votar a derrubada do IOF após a aprovação do regime de urgência do texto. Como mostrou o
Broadcast, o governo foi pego de surpresa com a votação do projeto de decreto legislativo, o que escancarou a relação instável entre os Poderes.
Em outra entrevista, há pouco, na GloboNews, Costa reafirmou , que o embate em torno do IOF não causou nenhuma briga entre o governo do presidente Lula e a Câmara e o Senado federais. "Tenho conversado com congressistas, não há briga nenhuma entre governo e parlamento", destacou.
O ministro utilizou o mesmo argumento do presidente Lula ao falar da 'necessidade' de fazer valer o decreto da equipe econômica com o aumento das alíquotas do IOF, derrubado por PDL em votação na Câmara e no Senado. "Estamos buscando a capacidade de governar e o equilíbrio das contas", frisou, destacando que para isso é fundamental o decreto que aumenta o IOF. Indagado sobre corte de gastos, falou que o governo federal vem fazendo a sua parte.
Na avaliação do titular da Casa Civil, ao suspender também o P
rojeto de Decreto Legislativo (PDL). O ministro Alexandre de Moraes, do STF, "mostrou que o PDL não pode ser usado dessa forma". E disse esperar uma solução para o IOF que permita ao governo colocar as contas em dia e dar ao presidente a capacidade de administrar o País.
Na entrevista, Rui Costa disse que "o foco do IOF não foi arrecadatório, mas para corrigir distorções", utilizando novamente o argumento do governo de que os mais ricos não pagam o que deveriam, enquanto os mais pobres são penalizados. E reiterou que o decreto teve finalidade regulatória sobre os mercados de câmbio, seguro e crédito, e não para aumentar a arrecadação.
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