Divulgação Força Sindical/ Jaélcio Santana
Por Geovani Bucci, do Broadcast
[email protected]São Paulo, 01/05/2025 - A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou, mais uma vez, o esvaziamento de ato anual de comemoração ao Dia do Trabalho realizado nesta quinta-feira, 1º.
Do governo federal, compareceram os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Cida Gonçalves (Mulheres). Macêdo tentou minimizar a falta do presidente Lula aos jornalistas, mencionando que foi uma "decisão pessoal" e que tudo está ocorrendo "dentro do previsto".
No 1º de Maio do ano passado, um episódio marcou negativamente a atuação do ministro Macêdo. O evento organizado pelas centrais sindicais para celebrar o Dia do Trabalho teve público muito abaixo do esperado - menos de 2 mil pessoas, conforme apontou o Monitor do Debate Político da USP. Lula chegou a fazer críticas publicamente. O petista classificou a mobilização como "mal convocada" e revelou ter tratado do problema pessoalmente com o ministro.
A pauta principal do evento de hoje tentou se direcionar a um tema que vem alimentando as redes sociais no campo da esquerda nos últimos meses: a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1. Adotada pelo governo, a emenda tornou-se uma das apostas de Lula, ao lado da isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), para recuperar sua popularidade e a capilaridade entre os trabalhadores brasileiros.
Antes de entrar em evento da Força Sindical, o ministro do Trabalho Emprego, Luiz Marinho, ressaltou o interesse do governo federal em debater a PEC do fim da escala 6x1. “Empresas tem que ser convencidas que redução de jornada aumenta produtividade”, afirmou.
O ministro afirmou que as centrais sindicais devem contribuir no diálogo e nas negociações com o Congresso Nacional. Para ele, o fim da jornada de trabalha atual é uma pauta que deve ter apoio popular por proporcionar mais satisfação e saúde mental para os trabalhadores.
Ontem, em pronunciamento em rede nacional, Lula disse que vai "aprofundar o debate" sobre a redução da jornada de trabalho. Segundo o presidente, "está na hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras".
O evento realizado nesta quinta-feira, acontceu na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo, e foi organizado pelas centrais sindicais Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores, e pela Pública – Central do Servidor. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) participou como convidada.
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