São Paulo, 19/11/2025 - O Plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira (18) um requerimento do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) com voto de censura ao chanceler alemão Friedrich Merz, em razão de declarações consideradas xenófobas e preconceituosas contra a cidade de Belém, sede da COP30.
O chefe de governo do país europeu chegou a afirmar que a delegação alemã ficou contente ao poder deixar a cidade amazônica e retornar para seu país.
Para o senador, as declarações “não são apenas infelizes”, mas também desrespeitam a cidade de Belém e todo o povo brasileiro, sobretudo, a Amazônia, "região que é patrimônio da humanidade”. Zequinha criticou a postura do chanceler, classificando-a como “superficial” e “paternalista”, e defendeu que países ricos assumam compromissos concretos para financiar a preservação da floresta, segundo a Agência Senado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Merz "deveria ter ido em um boteco no Pará", dançado e provado a culinária local. Ele ia perceber que Berlim não oferece a ele 10% da qualidade que oferece o Estado do Pará e a cidade de Belém. Eu falava toda hora: 'Come a maniçoba, pô'" disse.
Brasileiros invadiram o perfil de Merz, no Instagram, e encheram as publicações do premiê de comentários em defesa do País. "E quando você menos esperar, vamos estar em qualquer post, aqui é Brasil, não volte nunca mais!", escreveu uma usuária.
“Há tantas coisas boas ocorrendo na COP em Belém, não temos que ouvir pessoas que não estão sabendo apreciar (a cidade)", declarou o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, quando foi questionado sobre as falas do chanceler.
As dificuldades logísticas de uma conferência desse porte já eram esperadas antes do grande evento e, no primeiro momento, as críticas estavam concentradas na falta de hospedagem suficiente e em preços abusivos em locações. Agora, o clima da cidade é uma das reclamações frequentes nos corredores.
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