Taxa de desemprego fica em 6,6% no trimestre até abril, abaixo do esperado

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Renda cresceu 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior - Envato
Renda cresceu 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior

Por Daniela Amorim, do Broadcast

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Publicado em 29/05/2025, às 09h53
Rio, 29/05/2025 -  A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  O resultado ficou abaixo do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 6,7%. O teto das projeções era de 7,1%, com mediana de 6,9%.
Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,5%. No trimestre encerrado em março, a taxa de desocupação estava em 7,0%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.426,00 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa alta de 3,2% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 349,4 bilhões no trimestre encerrado em abril, alta de 5,9% ante igual período do ano passado. 

Informalidade

No trimestre até abril, o país registrou uma taxa de informalidade de 37,9% no mercado de trabalho no trimestre , segundo a pesquisa. São 39,172 milhões de trabalhadores atuando na informalidade.

Em um trimestre, menos pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais: houve queda de 315 mil trabalhadores nesta situação no período.

No período, o País registrou crescimento de 288 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo levantamento do IBGE. A população ocupada ficou em 103,257 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,453 milhões de pessoas.

Já a população desocupada aumentou em 69 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,273 milhões de desempregados no trimestre até abril. Em um ano, 941 mil pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 110,53 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, 357 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,512 milhão de pessoas.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - passou de 58,2% no trimestre encerrado em janeiro para 58,2% no trimestre até abril. No trimestre terminado em abril de 2024, o nível da ocupação era de 57,3%.

Setor privado

No setor privado, o trimestre encerrado em abril mostrou uma abertura de 319 mil vagas com carteira assinada na comparação com o trimestre encerrado em janeiro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,46 milhão de vagas foram criadas no setor privado.

O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,648 milhões de trabalhadores no trimestre até abril, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,66 milhões de pessoas, 220 mil a menos do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até abril de 2024, foram criadas 121 mil vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 178 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,994 milhões de trabalhadores. O resultado representa 544 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O número de empregadores diminuiu em 32 mil em um trimestre, para 4,289 milhões de pessoas. Em relação a abril de 2024, o total de empregadores cresceu em 3,2%, número que representa um aumento de 134 mil empregadores.

O País teve uma queda de 63 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,758 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 110 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.

O setor público teve 221 mil pessoas a mais no trimestre terminado em abril ante o trimestre encerrado em janeiro, para um total de 12,698 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até abril de 2024, foram abertas 427 mil vagas.

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