Trump valoriza relação com China, mas decisão sobre terras raras chocou

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“Podemos ter uma relação melhor, mas não se eles cortarem o acesso do mundo aos bens que produzem", disse Vance - Foto: Reprodução Instagram
“Podemos ter uma relação melhor, mas não se eles cortarem o acesso do mundo aos bens que produzem", disse Vance

Por Gabriela Jucá, Gustavo Nicoletta e Talita Nascimento, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 12/10/2025, às 12h30
São Paulo, 12/10/2025 - O vice-presidente dos Estados Unidos, James David Vance, disse à Fox News que apesar do presidente Donald Trump valorizar a relação com a China, o governo está “chocado” com a decisão do governo chinês sobre terras raras. “Podemos ter uma relação melhor, mas não se eles cortarem o acesso do mundo aos bens que produzem", afirmou.
Em sua visão, a China ter tanto controle sobre minerais críticos é a definição do que chamou de “emergência nacional”.
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Vance afirmou que Trump está aberto a tudo em relação à China e que o presidente vai perseguir interesses nacionais. “Será uma dança delicada entre China e EUA; tudo depende de resposta da China”, disse.
Segundo o vice-presidente, se a China der uma resposta razoável, Trump também será razoável.
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Tropas em Gaza

Vance declarou ainda que a informação de que haveria tropas americanas em Gaza não é verdadeira. “O que vamos fazer é usar as tropas que já temos no Comando Central. E temos essas tropas há muitos, muitos anos. Elas vão garantir que todos realmente cumpram os termos do acordo”, afirmou.
Ele afirmou que reconstrução de Gaza não vai requerer muitos de recursos dos EUA. “A maior parte do dinheiro virá de nossos amigos do Golfo, e tenho certeza de que parte virá dos israelenses. Isso na verdade não vai exigir muitos recursos dos Estados Unidos da América. O que vai exigir é nossa supervisão constante e nosso engajamento diplomático”, disse.
O vice-presidente também negou que venha a existir uma base do Catar nos EUA. “Não vamos permitir que um país estrangeiro tenha uma base em solo americano”, disse.

Paralisação das contas públicas

Vance, revelou também que o governo tem buscado caminhos para que sejam pagos benefícios à população em meio à paralisação (ou "shutdown") das contas públicas.
"Estamos tentando descobrir como garantir que os americanos recebam serviços essenciais. Estamos fazendo coisas não convencionais para que as tropas sejam pagas e estamos confiantes de que encontramos um caminho legal para isso", afirmou J.D. Vance.
O presidente Donald Trump não quer, de acordo com o vice-presidente, que os militares e a segurança nacional sofram com essa questão. "Parte virá de apertar o cinto em outras áreas, mas muito virá de receitas que estão chegando. As tarifas nos deram um pouco de flexibilidade financeira para manter os serviços essenciais e pagar as tropas", afirmou.
Vance ainda culpou o Partido Democrata, da oposição, pela situação: "os democratas nos fizeram escolher entre dar o auxílio alimentar e pagar as tropas ou pagar os burocratas".
Segundo ele, quanto mais tempo durar o shutdown, mais significativos serão os cortes de pessoal. "O presidente dos Estados Unidos está tentando reabrir o governo, mas quanto mais tempo, maiores os cortes serão. Alguns dos cortes serão dolorosos. Os democratas nos deram cartas difíceis. Estamos tentando fazer o possível", disse.

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