Usuários frequentes de Pix chegam a 65,4 mil em 2024, alta de 38% ante 2023

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No crédito, as transações subiram para 9,673 bilhões. Ao mesmo tempo, o pagamento com cartão de débito caiu para 15,631 bilhões - Envato
No crédito, as transações subiram para 9,673 bilhões. Ao mesmo tempo, o pagamento com cartão de débito caiu para 15,631 bilhões

Por Por Matheus Piovesana, do Broadcast

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Publicado em 11/06/2025, às 16h36 - Atualizado às 16h56

São Paulo, 11/06/2025 - O número de usuários frequentes do Pix subiu 38% entre 2023 e 2024, chegando a 65,4 milhões no ano passado, de acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária. O levantamento foi feito por uma parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Deloitte.

O número foi puxado pelos clientes pessoas físicas: 60,7 milhões eram "heavy users" de Pix em 2024, um salto de 40% em relação a 2023. Entre pessoas jurídicas o crescimento foi de 20%, para 4,7 milhões no mesmo período. Os números se referem a clientes PF que fazem mais de 30 Pix ao mês, e PJ que fazem mais de 50.

A quantidade de transações de Pix capturadas pelas maquininhas de cartão aumentou 69% no ano passado, para 1,309 bilhão. Ao mesmo tempo, a captura de pagamentos com cartão de débito caiu 3%, para 15,631 bilhões.

"Há uma migração natural de pagamentos do cartão de débito para o Pix. O crédito vemos que ainda não é afetado", disse o diretor responsável pela pesquisa, Rodrigo Mulinari, em coletiva de imprensa realizada durante o Febraban Tech, em São Paulo, nesta quarta-feira, 11.

No crédito, as transações subiram 15%, para 9,673 bilhões em 2024. A maior forma de realizar as transações é por aproximação, que respondeu por 47% do total, contra 40% em 2023. A inserção do cartão passou de 47% para 36% das operações.

Transações bancárias chegam a 208,2 bilhões em 2024

No ano passado, os brasileiros fizeram 208,2 bilhões de transações no setor bancário nacional, um volume 8% maior que o de 2023, de acordo com a pesquisa. De acordo com o levantamento, o crescimento foi puxado pelas transações via dispositivos móveis, com alta de 15% em um ano, enquanto os canais físicos e o internet banking caíram. O mobile já representa 75% de todo o volume de transações feito nos bancos, e o digital, incluindo o mobile, responde por 82% do total.

O crescimento acontece tanto em transações com movimentação financeira quanto em transações sem movimentação financeira. De acordo com Mulinari, o aumento da participação do mobile tem sido puxado tanto pela adoção quanto pela maior frequência de acessos aos canais - em média, são 55 transações por mês.

O executivo destacou que as mudanças são acompanhadas pelo volume de investimentos do setor em tecnologia. "A projeção é nós chegarmos a quase R$ 48 bilhões em investimentos em tecnologia neste ano", disse ele em coletiva de imprensa realizada durante o Febraban Tech, em São Paulo, nesta quarta-feira, 11.

Contas ativas sobem para 570 milhões 

O número de contas bancárias ativas no Brasil subiu 20% em um ano, para 570 milhões, de acordo com a pesquisa. O levantamento apontou que as contas estão migrando de forma acelerada para os dispositivos móveis. 

"Pessoa física migra mais rapidamente para mobile, saímos de 37,7 milhões [no internet banking] para 23,9 milhões, enquanto pessoa jurídica se mantém e até cresce um pouquinho", disse o diretor.

Ele destacou que mesmo mais fiéis ao internet banking, os clientes pessoas jurídicas também começam a adotar mais o mobile. O número de contas PJ neste canal subiu 26% no ano passado, para 15,8 milhões.

O executivo destacou ainda que o volume de consentimentos para o compartilhamento de dados no Open Finance subiu 28%, para 46,8 milhões. Com isso, também aumentaram a oferta e o uso de ferramentas de consolidação financeira: metade dos bancos as ofereciam em 2024, contra 38% em 2023, e o número de usuários dos consolidadores saiu de 1,6 milhão para 2,7 milhões.

Outra conclusão da pesquisa foi a migração da venda de seguros pelos bancos para os canais digitais. Ao todo, 69% dos bancos ofereciam pelo menos uma cotação de seguro no digital em 2024, contra 54% um ano antes. "O seguro deixa de ser um produto de agência e passa para os canais digitais", disse.

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