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HPV: Governo reafirma meta de vacinar 90% das meninas

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HPV é um vírus capaz de infectar a pele ou as mucosas; existem mais de 200 tipos de papilomavírus humano - Foto: Freepik
HPV é um vírus capaz de infectar a pele ou as mucosas; existem mais de 200 tipos de papilomavírus humano
Emanuele Almeida
Por Emanuele Almeida

Publicado em 19/11/2025, às 09h50

São Paulo, 19/11/2025 - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a meta do Brasil de vacinar 90% as meninas contra o papilomavírus humano (HPV) durante seminário virtual promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) na segunda-feira, 17. 

"Nenhuma mulher deveria temer a uma doença evitável, por isso a nossa meta é vacinar 90% das meninas. São mais de 38 mil salas de vacina integradas à Atenção Primária, que é o fio condutor da nossa política de prevenção", afirmou Padilha, 

A infraestrutura de atendimento foi uma das ações do País que o ministro apresentou para eliminar o câncer de colo de útero cada, que pode ser causado por tipos de tumores malignos ligados ao HPV. "Em cada uma dessas salas, nossos profissionais, em sua maioria mulheres, acolhem, vacinam, testam e acompanham as pacientes ao longo de toda a linha de cuidado”, afirmou Padilha.

Leia também: SP alerta sobre baixa vacinação contra HPV entre meninos; postos abrem sábado

Outra ação apresentada foi o teste molecular DNA-HPV, desenvolvido integralmente pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e lançado este ano para fortalecer a estratégia de rastreamento organizado do câncer do colo do útero.

O exame substituirá de forma gradual a citologia convencional, exame que analisa células de diversas partes do corpo. De acordo com o ministro, trata-se de um método mais sensível, que permite um intervalo de cinco anos quando o resultado é negativo, fator que aumenta a eficiência do rastreamento e reduz a sobrecarga dos serviços de saúde. 

O encontro também marcou o lançamento do Dia Mundial de Eliminação do Câncer do Colo do Útero, que será celebrado a partir de 17 de setembro. Até o início de setembro, mais de 115 mil adolescentes e jovens já haviam sido vacinados. 

Em 2024, o Brasil alcançou mais de 82% de cobertura vacinal entre meninas de 9 a 14 anos, índice acima da média global, de apenas 37%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos da mesma idade, a cobertura chegou a 67%.

HPV

O HPV é um vírus capaz de infectar a pele ou as mucosas; existem mais de 200 tipos de papilomavírus humano e aproximadamente 40 tipos podem infectar o trato ano-genital. A principal forma de transmissão é a sexual, até mesmo na ausência de penetração.

Comumente, a infecção pelo HPV é muito frequente, mas passageira, regredindo espontaneamente na maioria das vezes. Em casos de persistência da infecção, ela geralmente é causada por um tipo viral com potencial de se tornar câncer caso não seja identificada e tratada— nessas ocasiões, o câncer pode progredir principalmente para o colo do útero, mas também para a vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com um tumor causado pelo HPV.

Prevenção

A principal forma de cuidado e a vacinação e os exames preventivos. Isso porque o HPV pode dse manifestar de forma externa ou interna, causando lesões visíveis como verrugas ou machucados não visíveis a olho nu e sem apresentar algum tipo de sintoma ou sinal. 

O Governo prorrogou, até dezembro de 2025, a campanha de vacinação contra o HPV para adolescentes de 15 a 19 anos. A meta é alcançar cerca de 7 milhões de jovens que não foram imunizados na idade recomendada, entre 9 e 14 anos. É a primeira vez que essa faixa etária será vacinada via Sistema Único de Saúde (SUS), de forma totalmente gratuita.

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