Metanol: Ministério da Saúde desativa sala de monitoração de casos
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08/12/2025 | 14h33 ● Atualização: 08/12/2025 | 14h33
São Paulo, 08/12/2025 - O Ministério da Saúde desativou as atividades da sala de situação que monitorava os casos de intoxicação por metanol desde outubro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 8.
Em nota, a pasta explica que a medida, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, se deu pela redução expressiva de novos casos e óbitos e, sendo assim, o ministério considerou que há agora um cenário de estabilidade epidemiológica consolidado.
“Mesmo com o encerramento da sala de situação, seguimos atentos e preparados. O cuidado permanece, e a vigilância segue sem qualquer interrupção”, afirmou Padilha.
O ministro também ressaltou que o País respondeu de forma rápida, coordenada e eficaz à crise. O último caso confirmado de intoxicação por metanol foi registrado em 26 de novembro; no total foram 73 casos de intoxicação confirmados, com 22 óbitos confirmados. Há ainda 29 casos suspeitos e sob análise.
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A sala de situação reuniu representantes de diferentes secretarias da pasta como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).Os conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e das secretarias estaduais de Saúde também participaram. Além dos ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), responsáveis por ações de controle e investigação.
Os Estados mais afetados pelo surto de intoxicação por metanol foram:
- São Paulo: 578 casos notificados; 50 confirmados
- Pernambuco: 109 casos notificados; 8 confirmados
- Paraná: 6 confirmados
- Mato Grosso: 6 confirmados
- Bahia: 2 confirmados
- Rio Grande do Sul: 1 confirmado.
O Ministério da Saúde também ressaltou que todos os Estados já contam com estoque garantido de antídotos e maior capacidade de realizar diagnósticos. "Agora, a assistência e o acompanhamento voltam ao fluxo rotineiro da vigilância de intoxicações exógenas, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)", disse a pasta em nota.
Investigações
A Polícia Federal realizou ações de repressão aos esquemas de adulteração de bebidas. Em 16 de outubro, a Operação Alquimia teve como alvo 24 empresas do setor sucroalcooleiro e importadores e distribuidores de metanol em cinco estados. As amostras coletadas estão sendo analisadas pelo Instituto Nacional de Criminalística e comparadas com as bebidas adulteradas.
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A PF também teve como ação a Operação Fronteira, feita em outubro, que apreendeu 215 mil litros de bebidas alcoólicas em depósitos clandestinos em Fortaleza e Maringá. Foram coletadas centenas de garrafas de aguardente, insumos utilizados na adulteração e recipientes lacrados contendo as bebidas.
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