Pacientes 50+ foram os que mais fizeram exames de imagem em 2025
Envato
30/12/2025 | 18h11
São Paulo, 30/12/2025 - Viver mais e com saúde exige exames preventivos, para permitir uma melhor qualidade de vida. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), os pacientes acima de 50 anos estão atentos a esta necessidade e, neste ano, já bateram o recorde na realização de exames de imagem.
Segundo o levantamento, a faixa etária entre 60 e 62 anos foi a que mais realizou o procedimento. Somente entre janeiro e novembro de 2025, já foram realizados 2.324.839 exames, ante 2.323.917 registrados em 2024. A Fundação analisou quase 16 milhões de exames realizados entre 2018 e novembro de 2025.
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Para se ter uma ideia, em 2018, o total anual era de cerca de 1,3 milhão. O crescimento constante da demanda é evidenciado pelos picos mensais recentes: em outubro de 2025, foram realizados mais de 228 mil exames, o maior volume mensal do ano, seguido por julho (223 mil) e maio (221 mil). A maioria dos atendimentos continua sendo de mulheres, que representam cerca de 62% dos exames nesse público (1,45 milhão de exames femininos em 2025 contra 874 mil masculinos).
Os procedimentos mais frequentes este ano refletem as principais demandas de saúde dessa faixa etária.
O raio-x de tórax e a mamografia seguem no topo da lista, mas exames de alta complexidade mantêm relevância:
• A tomografia computadorizada e a ressonância magnética continuam essenciais para diagnósticos neurológicos, oncológicos e musculoesqueléticos;
• A ultrassonografia segue como ferramenta versátil para abdome, pelve e tireoide;
• A densitometria óssea reforça sua importância no monitoramento da osteoporose.
Acesso digital
O levantamento mostra que o acesso digital ganha cada vez mais espaço. No período, foram mais de 1,2 milhão de acessos ao portal de resultados, com cerca de um milhão de exames vinculados a e-mails cadastrados. Isso confirma a tendência observada nos anos anteriores de que o público 50+ está cada vez mais conectado e engajado no acompanhamento da própria saúde.
Para a CEO da FIDI, Simone Vicente, os números confirmam a importância de olhar para o envelhecimento da população com foco na prevenção.
“Estamos vivendo um movimento demográfico irreversível. À medida que a população envelhece, precisamos de estratégias que combinem tecnologia, precisão diagnóstica e humanização. O diagnóstico por imagem é um dos grandes aliados para garantir dignidade no envelhecimento, preservar a autonomia e oferecer qualidade de vida aos brasileiros que já passaram dos 50 anos.”
O superintendente médico na FIDI, doutor Harley de Nicola, ressalta o impacto clínico direto dos exames de imagem para o público maduro, reforçando o papel da radiologia na prática médica. De acordo com ele, com os protocolos otimizados e equipamentos de alta resolução, é possível identificar precocemente doenças crônicas, estratificar riscos e orientar condutas terapêuticas. “Esse olhar atento é fundamental para prevenir incapacidades e garantir longevidade com qualidade”, afirma.
Ele ressalta ainda que, o avanço contínuo no uso da tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia e densitometria óssea evidência como a radiologia se consolida como um pilar da prática médica moderna.
“Em um cenário de envelhecimento populacional, investir em diagnóstico por imagem não é apenas uma medida clínica, mas uma estratégia essencial de saúde preventiva.”
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