Segundo caso de sarampo em SP acende alerta sobre vacinação
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15/12/2025 | 11h00
São Paulo, 15/12/2025 - A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP) notificou o segundo caso de sarampo em 2025 na capital paulista. A vítima da doença é um homem de 27 anos, não vacinado e com histórico de viagem recente ao exterior, que recebeu atendimento médico e já teve alta.
Esse é o segundo caso de sarampo registrado no Estado neste ano. O primeiro ocorreu em abril, também na capital, conforme monitoramento epidemiológico realizado pela vigilância estadual. No Brasil, entre janeiro e novembro, foram registrados 37 casos de sarampo — todos importados.
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O que é sarampo?
O sarampo é uma doença viral infecciosa altamente contagiosa e a transmissão do vírus ocorre de pessoa para pessoa, por via aérea. Os sintomas principais são manchas vermelhas no corpo e febre alta acompanhada de tosse, conjuntivite, nariz escorrendo e mal-estar intenso.
O número de casos da doença se intensificou na região das Américas em 2025. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), até o dia 7 de novembro de 2025, foram confirmados mais de 12.500 casos de sarampo em dez países das Américas, com 28 óbitos, a maior parte deles registrados no México.
Quem deve se vacinar?
A SES-SP reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção contra o sarampo. A vacina utilizada nesse caso é a tríplice viral, considerada segura, eficaz e protege também contra a rubéola e a caxumba.
- Crianças de 6 a 11 meses
- Crianças a partir de 12 meses
- Pessoas de 5 a 29 anos
- Pessoas de 30 a 59 anos
Perda do Certificado de Região Livre de Sarampo
Em novembro, a Opas retirou o certificado que reconhecia o continente americano como região livre de transmissão endêmica de sarampo. A medida foi tomada após a constatação de que o vírus da doença tem circulado de forma contínua no Canadá há 12 meses.
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As Américas foram a primeira região do mundo a eliminar o sarampo duas vezes e agora estão sem o status de área livre da doença. O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, afirmou que a retirada do certificado representa um retrocesso, contudo, a condição é reversível e pode ser revista caso o contágio seja reduzido nos próximos meses.
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