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Aplicativo mineiro "Aposta Zero" ajuda na prevenção de vícios em aposta

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O aplicativo oferece suporte diário e gratuito para lidar com o vício, e possui planos pagos com acesso à psicólogos - Adobe Stock
O aplicativo oferece suporte diário e gratuito para lidar com o vício, e possui planos pagos com acesso à psicólogos
Felipe Cavalheiro*
Por Felipe Cavalheiro* felipe.cavalheiro@viva.com.br

Publicado em 07/11/2025, às 07h45

São Paulo, 07/11/2025 - Com o aumento dos casos de dependência em jogos online e o crescimento das plataformas de apostas esportivas no País, o Aposta Zero, startup de Divinópolis (MG), lançou um aplicativo voltado ao apoio psicológico e comportamental. Após 15 dias do lançamento, o app reúne já uma centena de usuários ativos e tem como meta alcançar 10 mil até o fim de 2026.

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O aplicativo combina tecnologia e acompanhamento profissional para oferecer uma rotina estruturada de recuperação. Entre os recursos disponíveis estão check-ins diários, desafios de autocontrole de 7, 15, 30 e 90 dias, conteúdos educativos, sessões de respiração guiada e um espaço anônimo de apoio entre participantes.

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O serviço é gratuito, mas conta com consultas com psicólogos e terapeutas parceiros, com valores entre R$ 49 e R$ 197.

Homem jovem de óculos sorrindo
Fundador do aplicativo Aposta Zero, Jezriel Francis, pensou em ajudar pessoas próximas - Divulgação

A criação do aplicativo surgiu de experiências pessoais do fundador, Jezriel Francis, com pessoas próximas que enfrentaram dependência em jogos.

“Tive contato com casos próximos de pessoas que perderam controle financeiro e emocional por causa das apostas, e percebi a ausência de mecanismos acessíveis de prevenção e recuperação”, conta.

Em um dos episódios, um amigo conseguiu retomar a vida com suporte direcionado; em outro, uma colaboradora precisou de acompanhamento psicológico e reorganização financeira para lidar com o vício.

“Esses episódios me motivaram a criar uma plataforma capaz de oferecer apoio contínuo e estruturado a quem luta contra a dependência em apostas”.

Segundo o Banco Central, cerca de 24 milhões de brasileiros realizaram apostas online em 2024, movimentando bilhões de reais e colocando jovens entre 20 e 30 anos como o grupo mais vulnerável ao endividamento e ao colapso emocional.

Além disso, um levantamento do PoderData (2024) mostra que o percentual de apostadores endividados dobrou em um ano, alcançando 35%, enquanto o País ainda carece de uma rede pública estruturada para tratar a dependência.

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 Nos próximos meses, a startup planeja lançar novas funcionalidades, como um sistema de recompensas, mentoria entre usuários e trilhas de conteúdo personalizadas.

*Estagiário sob supervisão de Luana Pavani

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