Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 13/08/2025 - A NASA anunciou a detecção de um raro cometa interestelar, registrado pela primeira vez em 1º de julho pelo telescópio de pesquisa ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), instalado em Rio Hurtado, no Chile. Até setembro, o cometa poderá ser observado por telescópios terrestres, desaparecendo momentaneamente quando se aproximar do sol e voltando a ser visível no início de dezembro.
O objeto, que vem da direção da constelação de Sagitário, recebeu o nome oficial de 3I/ATLAS e está atualmente a cerca de 670 milhões de quilômetros do Sol.
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Segundo a NASA, o achado não foi isolado. Após o anúncio, astrônomos analisaram registros anteriores e encontraram imagens do cometa feitas ainda em 14 de junho por outros telescópios ATLAS, localizados no Havaí e na África do Sul, além da Instalação Transiente Zwicky, no Observatório Palomar, Califórnia.
O 3I/ATLAS não oferece risco à Terra, sua aproximação máxima ocorrerá por volta de 30 de outubro, a cerca de 210 milhões de quilômetros do Sol, ligeiramente dentro da órbita de Marte.
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Ainda não se sabe o tamanho exato ou as características físicas detalhadas do objeto, mas estudos estão em andamento.
Por ser interestelar, o cometa é considerado uma peça rara para a ciência, trazendo informações valiosas sobre materiais e processos que ocorreram fora do Sistema Solar.
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Segundo a NASA, cometas são 'sobras' da formação do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Compostos principalmente por:
Eles carregam também matéria orgânica, que pode ter sido essencial para o surgimento da vida na Terra.
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Esses cometas, ao cruzarem a órbita terrestre, podem originar chuvas de meteoros quando partículas de sua cauda entram na atmosfera e se incendeiam.
O ATLAS, responsável pela detecção, é um sistema de monitoramento global criado pela Universidade do Havaí com financiamento da NASA.
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Sua função é identificar cometas ou objetos próximos à Terra e calcular possíveis riscos de impacto, detectando desde pequenos asteroides de cerca de 20 metros, com alguns dias de antecedência, até rochas de 100 metros, semanas antes de uma aproximação.
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