Haddad vai aos EUA apresentar a big techs vantagem de energia limpa do Brasil

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Ministro terá reuniões com Google, Amazon e Nvidia - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Ministro terá reuniões com Google, Amazon e Nvidia

Por Altamiro Silva Junior, do Broadcast

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Publicado em 05/05/2025, às 08h28

Los Angeles, 05/05/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ao Broadcast que está na Califórnia para sentir a temperatura das gigantes de tecnologia sobre o plano nacional do governo brasileiro para data centers. A América do Sul quer se colocar como um polo seguro para atrair estes investimentos, que estão sendo disputados mundialmente por causa da inteligência artificial.

"Vim aqui um pouco na esteira da conclusão do plano nacional de data centers, que é uma política que o Brasil vai encaminhar para o Congresso", disse Haddad, que tem reuniões entre segunda-feira, 5, e terça-feira, 6, com o comando de três gigantes de tecnologia, Google, Amazon e Nvidia.

Segundo o ministro, ainda não há uma data definida para o governo encaminhar o texto do plano nacional ao Congresso. Antes de chegar a uma versão final, a ideia é ver a reação das "big techs" sobre o tema. "Vim aqui sentir um pouco o pulso."

O tema sobre data centers também fez parte da conversa de Haddad neste domingo com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.

"E uma das coisas que chamei atenção é o quão segura é a região em termos globais para ser um polo de processamento de dados de alta velocidade", disse Haddad ao Broadcast após a conversa. "Temos energia limpa, sítios específicos, cabeamento bastante satisfatório já no momento, região cabeada com Europa e Estados Unidos", completou.

A grande vantagem do Brasil é aproximar os data centers das fontes de energia renováveis, porque estes centros de dados precisam de muita energia e de estabilidade de oferta. "No caso das big techs elas querem é a energia renovável."

"Pode se interessar a muito de nossos parceiros que a América do Sul se apresente como polo natural e seguro para data centers", disse Haddad.

"Quando você cria o ecossistema, o ambiente de negócios, o interesse que é grande vai aumentar", disse Haddad. Há uma fila de pedidos para instalar data centers no Brasil, que chega a 12 mil megawatts, quase 15 vezes mais a capacidade de hoje, de 750 megawatts.

"O interesse já está manifesto, basta agora que nós possamos acertar o passo para que estes investimentos, tanto no verde quanto no digital, se combinem virtuosamente para produzir o melhor resultado para o Brasil", afirmou Haddad.

Em Los Angeles e São Francisco, Haddad vai falar com economistas e investidores. 

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