"Rede Digital 60+" reúne grupos que atuam com letramento digital de idosos

São Paulo, 05/12/2025 - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) iniciou uma iniciativa chamada "Rede Digital 60+", que traz informações de entidades e grupos de trabalho que desenvolvem ou realizem projetos de capacitação e letramento digital para pessoas idosas em diferentes Estados.

A página pode ser acessada pelo endereço "gov.br/anatel/pt-br/consumidor/mundo-digital/rededigital60mais", e já registra alguns grupos listados que oferecem iniciativas para esse público, dentre eles:

• Macapá (AP) = Projeto Maturidade Digital, do Programa de Formação, Aperfeiçoamento qualificação profissional e Idiomas (PROFID)
• Pará (AM) = Projeto EnvelheSENDO / EnvelheSER, da Universidade Federal do Pará
• Pará (AM) = Projeto Intercâmbio Tecnológico Intergeracional para a Mulher Idosa – TECER Mulher, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
• Recife (PE) = Projeto Intercâmbio Tecnológico Intergeracional para a Mulher Idosa – TECER Mulher, do Laboratório 60+ digital da Universidade Federal de Pernambuco.
• São Cristóvão (SE) = Núcleo de Pesquisa e Ações da Terceira Idade, da Universidade Federal de Sergipe

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Inclusão digital 60+ é desafio

Segundo a superintendente de Relações com Consumidores da Anatel, Irani Cardoso, a inclusão digital da população acima de 60 anos é um desafio para o Brasil como um todo. Além disso, é o grupo com menos usuários com melhores níveis de conectividade significativa, apenas 8%, segundo a pesquisa TIC Domicílios. 

“Esse grupo cresce rapidamente [com o envelhecimento da população] e enfrenta muitas barreiras para acessar e utilizar tecnologias [digitais]”

A curadoria dos grupos que entrarão na lista é feita em conjunto com o Instituto Gene. O presidente do Conselho de Administração do instituto, Udo Schroeder, observou que existe escassez de projetos adequados aos recursos disponíveis.

Na sua opinião, a maioria das instituições espera o lançamento dos editais para, só então, “correr atrás de projetos”. A orientação da Gene é inverter esse processo: preparar o projeto e garantir a documentação básica antes da abertura dos editais, realizando as adaptações necessárias quando a seleção for lançada.

Segundo Schroeder, muitos recursos de fomento voltados a incentivar esse tema deixam de ser utilizados por falta de projetos adequados.

Boas práticas para instituições

Para ajudar as instituições que desejam se inscrever para editais de fomento voltados à população 60+, o Instituto Gene apresentou ainda uma lista de boas práticas, entre elas:

• Inscrição antecipada em conselhos municipais (Criança e Adolescente, Idoso, Assistência Social, entre outros);
• Currículo Lattes das equipes atualizados e sincronizados com o registro Orcid.
• Cadastro em plataformas como Sigfapesc, Sigef, Salic, Prosas.
• Preparação prévia dos indicadores de desempenho dos projetos em execução.
• Elaboração antecipada de um escopo abrangente e bem definido do projeto.
• Organização prévia da documentação que comprove a experiência e o portfólio da equipe.

* Estagiário sob supervisão de Bianca Bibiano.