Foto: Arquivo/Agência Brasil
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 06/11/2025 - O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 será realizado nos dias 9 e 16 de novembro, assim que deixarem a sala de prova, muitos participantes devem correr para conferir o gabarito extraoficial e número de acertos.
Porém, ele não é suficiente para saber qual será a nota final. Isso acontece por causa da "TRI", a Teoria de Resposta ao Item, metodologia que define a pontuação do exame e que leva em conta não apenas a quantidade de questões corretas, mas também quais delas foram acertadas.
Isso significa que, mesmo que duas pessoas acertem o mesmo número de questões, a nota final pode ser diferente.
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De acordo com o Serviços e Informações do Brasil, a TRI é um modelo matemático que analisa o padrão de respostas de cada candidato e mede sua proficiência em determinada área.
Ela considera o comportamento esperado de quem domina os conteúdos e, por isso, prioriza a coerência do desempenho.
Em outras palavras, o sistema entende que um estudante que acerta questões difíceis também deve ter conseguido resolver as mais fáceis.
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Quando esse padrão não aparece, há indícios de acertos ao acaso, o que reduz o impacto positivo dessas respostas na nota final. Cada questão do Enem é classificada a partir de três parâmetros: o grau de dificuldade; a capacidade de discriminação e a probabilidade de acerto no chute.
Esses dados são definidos antes da aplicação do exame, com base em pré-testes feitos por alunos do Ensino Médio.
Assim, forma-se um grande banco de itens calibrados, de onde o Inep escolhe as 180 perguntas que compõem a prova a cada edição.
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O cálculo das notas é feito por equipes de especialistas em estatística, psicometria e matemática, o processo é totalmente informatizado e passa por várias etapas de verificação, o que assegura a confiabilidade dos resultados.
As notas finais variam conforme as características das questões aplicadas, provas com mais perguntas difíceis tendem a ter pontuação mínima mais alta, enquanto exames com itens mais simples podem ter nota máxima menor.
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Como estratégia, especialistas recomendam que o candidato comece resolvendo as questões fáceis e médias, deixando as mais complexas para o fim.
Essa abordagem aumenta as chances de acerto coerente e evita a penalização por erros em perguntas simples. Caso precise chutar, o ideal é que o chute seja em questões difíceis, já que o impacto na nota do Enem tende a ser menor.
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