MaturiFest tem objetivo de possibilitar novos horizontes aos 50+, diz seu criador

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Mórris Litvak diz que o conteúdo prático leva os participantes a saírem do evento com instrumentos para usar profissionalmente - Paula Bulka /Viva
Mórris Litvak diz que o conteúdo prático leva os participantes a saírem do evento com instrumentos para usar profissionalmente

Por Cláudio Marques e Paula Bulka, do Viva

redacao@viva.com.br
Publicado em 22/08/2025, às 16h18

São Paulo, 22/08/2025 - A criação de conexões para proporcionar novos horizontes aos profissionais 50+. É assim que Mórris Litvak vê o MaturiFest, o festival de trabalho e empreendedorismo  promovido pela Maturi, especializada em diversidade etária e empregabilidade de pessoas a partir dessa faixa etária. Litvak é cofundador e CEO da empresa. “Eu acredito que nós conseguimos ajudar a abrir novos horizontes profissionais para os 50+, novas possibilidades”, reforça.

O evento está em sua 8ª edição, apresentando oficinas práticas, painéis e palestras, feira de empregabilidade, a Maturi Conecta, feira de negócios, mentorias e networking, voltados à oferta de conhecimento e instrumentos para ajudar o profissional maduro a se manter ativo ou se reinserir no mercado de trabalho. 

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Para atingir esse objetivo, Litvak ressalta a importância das oficinas e do conteúdo prático que oferecem. “É  meio que a cereja do bolo. Há conteúdo prático que leva os participantes a saírem de lá com algo (conhecimentos) para usar, seja quem já está empreendendo, quem está buscando emprego, ou está em transição de carreira. É muito legal”, afirma. 

A psicóloga Athena Milani é um exemplo. Ela participou da oficina Reinventando a vida e a carreira depois do 40 anos - trocando o encaixe pelo sentido -, que abordou reflexões sobre ciclos da vida, desconstrução de paradigmas para criar novos caminhos com autenticidade na segunda metade da vida. "Eu achei maravilhoso, tanto é que eu já entrei em contato com ela e já comprei o livro dela", conta.

“Há gente que vem só para participar das oficinas”, acrescenta.

Os temas tratados passam por tecnologia, gestão e aspectos envolvidos na mudança de carreira em práticas como:

  • Networking do jeito certo: Conexões que abrem portas na sua nova fase;
  • Canva com IA: Faça apresentações de forma ágil; 
  • Transição de Carreira: Como começar agora sua preparação para um novo ciclo profissional produtivo, próspero e positivo; 
  • Instagram do zero; 
  • Meu Dinheiro: Cuidando do seu dinheiro e do seu negócio, entre outras.

Mais um destaque, de acordo com Litvak, é o Maturi Conecta, que faz a ponte entre organizações em busca de profissionais maduros e os 50+ em busca de novos desafios. Ele conta que houve boa adesão à feira tanto por parte do público quanto de empresas, tais como Oracle, Wickbold, Pernambucanas, St Marche, Banco BMG, EY, RD Saúde, Pulse e Assaí. Já a Feira de Negócios faz a conexão entre empreendedores, para que possam oferecer produtos e serviços uns aos outros.

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Os painéis trazem personalidades conhecidas e do mercado que dividem com o público suas experiências e aprendizados para inspirar os 50+ com seus aprendizados a respeito de empreender e se reinventar. São nomes como  Caíto Maia, fundador da Chilli Beans,  a jornalista e empreendedora Ana Paula Padrão, o ator João Signorelli, Rogério Barreira, Sandra Vicari - Vice-Presidente de Gestão de Gente e Sustentabilidade do Assaí Atacadista. Gilvany Theodoroviz Isaac - Gestora da pauta 60+ do Sebrae Nacional; 35 anos em RH, educação corporativa e atendimento a pequenos negócios, A real do empreender 50+

“Falamos de saúde, tecnologia, empregabilidade. Está tudo conectado”, declara Litvak.

“Assim, acabamos abarcando os diferentes perfis que temos de público. E isso eu gosto”, afirma. Essa diversidade também está presente na procedência dos participantes: eles vêm de diferentes partes do país. “Há gente de Mato Grosso, de Brasília, do Rio de Janeiro, vários do interior São Paulo”, conta o cofundador da Maturi. Somente no primeiro dia do evento, na quinta-feira, cerca de mil pessoas passaram pelas dependências da Unip Paraíso, onde o festival é realizado. “E mais uns 1,2 mil participam on-line dos painéis”, diz, acrescentando que o festival está colhendo bons resultados.

Empreendedor

A Feira do Empreendedor é outra atividade do MaturiFest. Adriana Konrath Colors, de 55 anos, é uma das participantes. Após uma transição de carreira, se tornou artista. "Está sendo bem interessante. Além de eu vender o produto aqui, também está havendo muitos contatos, porque há muitos pequenos empreendedores que também estão participando. Estão "pintando" várias encomendas. É muito legal essa troca, esse networking", conta.

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Trabalho da artista e empreendedora Adriana Konrath Colors, no MaturiFest - Paula Bulka /Viva

Ela se tornou artista pintando mulheres."Eu era uma redatora publicitária. Achava que não sabia fazer arte. Por volta dos 45 anos, ainda trabalhando em agência, eu me perguntei: quem tá me proibindo? E comecei a desenhar em um caderno, a criar traços. Fui criando uma identidade e, de repente, me descobri artista", conta.  "Nos últimos 10 anos, estou em galeria, participo de várias feiras e eventos. Estou super feliz fazendo o que eu amo", declara.

Ações como o MaturiFest também contribuem no combate ao idadismo, que Litvak considera que ainda é o principal desafio enfrentado pelos 50+ no mundo do trabalho. “Lógico que as pessoas precisam estar atualizadas, precisam se abrir para novas possibilidades. Mas muita gente que vemos está super conectada, super atualizada, mas se tentam emprego, ainda sofrem muito. Ainda há barreiras”, diz referindo-se ao preconceito existente nas empresas.

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