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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 19/08/2025 - Conquistar um diploma de ensino superior continua sendo o sonho de milhões de brasileiros, mas o valor das mensalidades ainda é um dos principais obstáculos. Nesse cenário, o financiamento estudantil surge como uma alternativa para quem deseja cursar a faculdade sem ter os recursos imediatos.
A solução é tradicionalmente buscada por jovens recém-saídos do ensino médio, mas cada vez mais adultos e até idosos têm procurado essa modalidade de crédito para voltar a estudar.
O financiamento estudantil é uma linha de crédito que cobre, total ou parcialmente, os custos da graduação. Ele pode ser obtido em programas públicos, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), ou em instituições privadas, como bancos e fintechs.
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Em geral, o estudante assina um contrato e só começa a pagar após concluir o curso. O processo exige análise de crédito, apresentação de documentos como RG, CPF e comprovantes de renda.
No caso do Fies, há ainda a exigência de participação no Enem e atendimento a critérios socioeconômicos.
Já nas opções privadas, as condições tendem a ser mais flexíveis, mas os juros e prazos variam conforme a instituição.
O perfil do estudante universitário no Brasil tem mudado. Muitos adultos, que interromperam os estudos no passado, estão buscando novas oportunidades de carreira, recolocação no mercado de trabalho ou realização de um sonho antigo.
Nesse contexto, o financiamento estudantil também atende pessoas mais velhas, que desejam cursar a primeira graduação, uma segunda faculdade ou até uma pós-graduação.
Para idosos, por exemplo, o diploma pode representar mais do que ascensão profissional: significa longevidade ativa, estímulo cognitivo e inclusão social.
Apesar disso, a atenção ao contrato e ao planejamento financeiro deve ser redobrada, já que o período de pagamento pode se estender por muitos anos.
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Optar pelo financiamento estudantil é assumir um compromisso de longo prazo. Para que o recurso não se torne um peso no futuro, alguns cuidados são essenciais:
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O financiamento estudantil pode abrir portas para jovens, adultos e idosos que desejam ampliar seus horizontes.
No entanto, é fundamental enxergá-lo como uma ferramenta de apoio e não como a única solução.
Organização, disciplina financeira e análise criteriosa das condições são passos indispensáveis para que o sonho do diploma não se transforme em endividamento.
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