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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 18/09/2025 -- A Itália atravessa uma das maiores crises de sua história no sistema de saúde e busca solução no recrutamento de profissionais estrangeiros, entre eles, os brasileiros. Estima-se que o país precise de mais de 65 mil médicos, enfermeiros e técnicos, e por isso abriu novas oportunidades de trabalho em hospitais, clínicas, casas de repouso e centros comunitários.
De acordo com o Decreto Milleproroghe, aprovado recentemente em Roma, o governo passou a flexibilizar a validação de diplomas estrangeiros, permitindo que médicos e enfermeiros com formação fora da União Europeia possam atuar de forma temporária antes mesmo da equivalência definitiva dos títulos pelo Ministério da Saúde italiano.
A medida busca acelerar o preenchimento das vagas e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.
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Os salários podem chegar a 7 mil euros mensais (cerca de R$ 44,6 mil), além de benefícios como passagem aérea, moradia subsidiada e cursos de idioma.
As condições chamam a atenção especialmente de profissionais brasileiros em busca de estabilidade financeira e experiência internacional.
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Apesar das facilidades, o processo exige organização. Entre os principais passos estão:
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Descendentes de italianos ganham ainda uma vantagem: após dois anos de trabalho, podem solicitar a cidadania italiana, medida que também integra a estratégia do governo para combater o chamado “inverno demográfico”, resultado da queda populacional no país.
Os profissionais que desejam trabalhar na Itália podem procurar oportunidades em plataformas oficiais, como ClicLavoro e EURES, além de sites de emprego como o Indeed Itália e páginas de hospitais.
Para participar do processo, é necessário apresentar o diploma e o histórico escolar traduzidos para o italiano e apostilados. Esses documentos são encaminhados à Prefettura pela própria instituição contratante.
Com a aprovação inicial, o candidato já pode começar a atuar na Itália enquanto aguarda a validação definitiva do título.
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