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Pesquisa mostra que maioria prefere a segurança de um emprego CLT

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Pesquisa "O Brasil Invisível", da ONG More in Common em parceria com a Quaest mostra a preferência do brasileiro pelo regime CLT - Adobe Stock
Pesquisa "O Brasil Invisível", da ONG More in Common em parceria com a Quaest mostra a preferência do brasileiro pelo regime CLT
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 05/12/2025, às 11h23 - Atualizado às 15h43

São Paulo, 05/12/2025 - A maioria dos brasileiros (63%) prefere estar empregado no regime CLT, com a tradicional carteira assinada. Entre as explicações estão direitos trabalhistas como aviso prévio, férias e 13º salário. Os dados apresentados recentemente constam no estudo "O Brasil Invisível", realizado pela ONG More in Common em parceria com a Quaest e que contou com mais de 10 mil pessoas em todo o País. A margem de erro foi de um ponto porcentual.

O estudo  identifica seis segmentos sociais que ajudam a entender os diferentes perfis de valores  presentes na sociedade brasileira. Para tanto, foi combinada uma pesquisa qualitativa e quantitativa com técnicas de clusterização (processo de organizar objetos de modo que itens semelhantes fiquem juntos em grupos, tal qual em uma coleção de livros). Essa organização dos dados possibilitou a identificação de uma estrutura de atitudes, percepções e valores que organizam as posições públicas no País.

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Opiniões segmentadas


Na pesquisa organiza os interesses da sociedade em torno de seis grupos relativamente estáveis. Nos polos, os Progressistas Militantes (5%) e os Patriotas Indignados (6%) concentram a militância ideológica e a adesão aos discursos morais. Os primeiros são engajados e críticos das estruturas de poder; os segundos, religiosos e desconfiados das instituições.

Apoiam esses extremos dois segmentos mais amplos e um pouco mais moderados: a Esquerda Tradicional (14%), reformista e orientada por valores comunitários, e os Conservadores Tradicionais (21%), que valorizam hierarquia, religião e ordem.

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No centro, encontram-se os Desengajados (27%) e os Cautelosos (27%), chamados também de Invisíveis. Essa maioria silenciosa compartilha a desconfiança com o sistema político, mas evita o confronto moral. É pragmática, avessa a disputas ideológicas e interessada em temas concretos, como trabalho, segurança e serviços públicos.

Os Invisíveis representam o maior ativo de reconstrução da coesão democrática, embora hoje sejam sub-representados no debate público.


Trabalhadores querem proteção e autonomia

Considerando os agrupamentos propostos na pesquisa, a opção por um emprego CLT, com direitos trabalhistas, é endossada por 51% dos Progressistas Militantes, 68% da Esquerda Tradicional, 65% dos Desengajados, 64% dos Cautelosos, 49% dos Conservadores Tradicionais e 71% dos Patriotas Indignados. Ou seja, mais Patriotas Indignados do que Progressistas Militantes.
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Ainda de acordo com a pesquisa, apesar de desejarem a segurança da CLT, os brasileiros também valorizam a flexibilidade de ser autônomo e não empregado. Gostariam de ser autônomos:  58% dos Progressistas Militantes; 60% da Esquerda Tradicional; 66% dos Desengajados; 70% dos Cautelosos, 75% dos Conservadores Tradicionais; e 75% dos Patriotas Indignados.

Invisíveis e as eleições

O estudo destaca ainda que a balança no resultado das eleições está inclinada para os invisíveis, nos grupos chamados Desengajados e Cautelosos, que formam 54% da população. A denoninação foi justificada pelo fato que estes grupos não estarem polarizados na maioria das questões investigadas.

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