São Paulo, 21/11/2025 - Conquistar um assento no Conselho de Administração de uma grande empresa é visto por muitos executivos, principalmente os maduros, como um passo que leva ao reconhecimento de seu valor e ao coroamente da carreira. O Conselho é um é um órgão criado no estatuto da organização, sendo um importante agente de governança e ajuda a garantir a longevidade da empresa. Seus membros são escolhidos por suas experiências, amadurecimento e expertise.
No Conselho, o presidente tem papel importante, e que deve ir além de fazer a ponte entre o CEO e o próprio órgão. Para quem almeja esse posto, a empresa global de consultoria organizacional Korn Ferry elaborou o manual prático "Presidente do conselho do futuro: da supervisão à previsão 2025."
De acordo com a Korn Ferry, o estudo feito para elaborar o manual concluiu, após ouvir a opinião de líderes de diversos setores, que a habilidade de construir confiança, gerenciar tensões e fomentar um diálogo aberto não é mais atributo secundário, mas sim requisito essencial dos presidentes.
“Os melhores presidentes de conselho desafiam o pensamento do CEO sem ameaçar sua autoridade. Eles resistem com propósito. Isso tem feito com que ferramentas como escuta ativa, questionamento não diretivo e feedback de desenvolvimento, sejam adotadas. E, claro, os resultados são decisões mais concretas, liderança mais alinhada e organizações que se fortalecem diante de qualquer desafio”, afirma o sócio sênior e líder de serviços para conselhos da Korn Ferry, Jorge Maluf.
Como ser presidente de conselho em dez passos:
O manual aborda as características que devem moldar o presidente do Conselho, na visão da consultoria.
Empatia: líderes empáticos tomam decisões melhores, porque consideram as pessoas, e não apenas os fatos.
Escuta ativa: grandes presidentes não apenas escutam, mas compreendem. A dica é pausar antes de responder, refletir sobre o que foi dito e fazer com que as pessoas se sintam ouvidas e compreendidas.
Julgamento: Teste seu raciocínio antes de uma decisão importante, buscar opiniões divergentes e, então, decidir com confiança.
Comunicação: Conheça seu público, adapte sua mensagem e sempre busque conectar, não apenas comunicar;
Adaptabilidade: Mantenha a calma em uma crise, seja flexível e decisivo em um movimento. Reavalie regularmente a estrutura, a composição e as prioridades do seu conselho para se manter alinhado com o que está por vir, e não com o que passou;
Curiosidade: presidentes curiosos fazem perguntas melhores. Eles investigam tendências emergentes, confrontam o pensamento estático e mantêm o conselho focado no futuro.
Gerenciamento de tensão: os melhores presidentes não evitam a tensão, mas a enfrentam com clareza e calma. O conflito, quando bem administrado, impulsiona decisões melhores, pensamento mais apurado e equipes mais fortes.
Humildade: os grandes presidentes não precisam dos holofotes. Eles abrem espaço para que outros brilhem. Eles se apresentam com autoconsciência, assumem seus erros e colocam a missão acima de si mesmos.
Autenticidade: eles dizem o que precisa ser dito, mesmo quando é desconfortável. Não posam. Não blefam. E é exatamente por isso que as pessoas os seguem.
Visão estratégica: Ela separa líderes transformadores de líderes reativos. Os melhores presidentes olham além do relatório trimestral. Conectam as escolhas de hoje às oportunidades de amanhã. Alinham a ação de curto prazo à ambição de longo prazo.
“Nós devemos enfatizar que, no futuro, os conselhos serão liderados por aqueles que reinventam o precedente, com a parceria entre o presidente e o CEO atuando como um acelerador para toda a empresa”, diz Maluf.
O estudo também aborda o papel decisivo do presidente do Conselho na sucessão do CEO e como podem navegar na complexidade.