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Desde agosto, INSS suspendeu novos consignados de 13 instituições financeiras

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O INSS afirmou que essas instituições descumpriram requisitos para oferecer o serviço de forma adequada aos segurados - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O INSS afirmou que essas instituições descumpriram requisitos para oferecer o serviço de forma adequada aos segurados
Paula Bulka Durães
Por Paula Bulka Durães paula.bulka@viva.com.br

Publicado em 23/10/2025, às 18h09

São Paulo, 23/10/2025 – Chegou a 13 o número de instituições financeiras suspensas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de conceder empréstimos consignados nos últimos meses.

A última suspensão, anunciada no Diário Oficial da União (DOU) em 16 de outubro, proibiu operações dessa modalidade de crédito pelo Banco Inter, Paraná Banco, Facta Financeira e Cobuccio Sociedade de Crédito Direto. Entretanto, desde agosto o órgão tem promovido um “pente-fino”.

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Foi suspensa, até o momento, a concessão de novos consignados pelas instituições financeiras:

  • Banco do Nordeste do Brasil S/A – BNB;
  • Banco Industrial do Brasil S/A;
  • Banco Inter S.A.;
  • Banco Master S.A.;
  • Banco Seguro S.A.;
  • Casa do Crédito S.A. – Sociedade de Crédito ao Microempreendedor;
  • CDC Sociedade de Crédito Direto S.A.;
  • Cobuccio Sociedade de Crédito Direto S.A.;
  • Facta Financeira S.A. - Crédito, Financiamento e Investimento;
  • HBI Sociedade de Crédito Direto S.A.;
  • Paraná Banco S.A.;
  • Valor Sociedade de Crédito Direto S.A. (Valor Financiamentos);
  • Via Certa Financiadora S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento.

Em nota, o INSS afirmou que essas instituições descumpriram os requisitos necessários para oferecer o serviço de forma adequada e digna aos segurados. Entretanto, o órgão esclarece que os contratos firmados antes das suspensões seguem válidos. “As instituições mencionadas ficam proibidas de realizar novas operações ou refinanciamentos com desconto em folha de pagamento do INSS, detalha o Instituto.”

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou estar atenta a todos os desdobramentos das condutas dos bancos na concessão de consignado do INSS. Em nota enviada ao Viva, a entidade disse que “sempre apoiará qualquer medida corretiva necessária, garantindo-se às instituições o direito de se defenderem e de demonstrarem, quando cabível, a não procedência da acusação”.

A primeira suspensão ocorreu em 5 de agosto e proibiu as operações de consignado em oito instituições. Em 10 de outubro, o Banco Master foi suspenso, seguido de mais quatro organizações financeiras no dia 16.

Para o advogado especialista em finanças e direito do consumidor, Bruno Medeiros Durão, o INSS trabalha para fortalecer a segurança dos aposentados e pensionistas, depois do esquema de fraudes exposto pela Operação Sem Desconto e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em abril.

“Muitos aposentados têm sido vítimas de operações irregulares, com contratos firmados sem consentimento ou com juros acima do permitido. A suspensão de instituições reincidentes é uma forma de o INSS sinalizar que haverá rigor na fiscalização”, explica.

Em maio, a biometria facial se tornou obrigatória para o desbloqueio das operações de crédito consignado no INSS. Após a inclusão da nova tecnologia, o volume de concessões diminuiu 56% em comparação a abril, passando de R$ 7 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

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Apesar da recuperação, o volume de agosto (R$ 4,6 bilhões) ainda é 52% inferior ao registrado em janeiro (R$ 9,7 bilhões).

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