São Paulo, 27/09/2025 - O País ganhou este mês a primeira federação de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), que reúne 12 instituições de cuidados para esse público no Rio Grande do Sul. A iniciativa foi anunciada dia 18 em evento em Porto Alegre.
As ILPIs são responsáveis por acolher milhares de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade nos Estados, podendo ser gerenciadas de forma governamental ou por meio de organizações da sociedade civil.
"É uma grande satisfação participar deste momento. Acompanhamos de perto as dificuldades das instituições: recursos insuficientes, carência de verbas e demandas permanentes. A partir dessa realidade surgiu a urgência de criar uma federação, capaz de unir forças e dar mais voz a essas entidades”, destaca Leandro Fontoura, presidente do Rotary Club Porto Alegre - Norte, um dos apoiadores da iniciativa.
O serviço público de acolhimento para idosos no Brasil prevê o atendimento em moradias provisórias onde a pessoa permanece até que possa retornar à família de origem ou tenha condições de se manter por conta própria. O caráter é provisório, mas pode se tornar de longa permanência quando esgotadas as possibilidades de autossustento e convívio com os familiares.
A nova entidade diz que pretende expandir a rede de federados nos próximos meses, atuando na representação política, centralizando pleitos junto a governos e parlamentos, e fortalecimento institucional, criando uma rede de apoio, troca de boas práticas e capacitação.
Para Catia Siqueira, coordenadora da Unidade Especial de Atenção à Pessoa Idosa (SEDES RS), a criação da federação marca um avanço significativo. "É um passo fundamental para fortalecer a política da pessoa idosa e garantir que todos tenham o direito de envelhecer com dignidade, dentro de uma estrutura capaz de oferecer esse olhar humano e necessário. Estamos prontos para trabalhar juntos nessa missão”.
A organização ressalta que, com o nascimento da FILPI-RS, o Estado passa a contar com uma voz unificada para pautar o debate sobre políticas públicas e sustentabilidade das instituições que acolhem milhares de pessoas idosas em situação de vulnerabilidade, fortalecendo o compromisso com um envelhecimento digno e de qualidade.
Diz também que o objetivo é dar voz a instituições que "enfrentam diariamente desafios de financiamento, gestão e regulamentação, mas que desempenham um papel essencial no cuidado da população idosa”, destaca Domingos Costa, coordenador do projeto pelo Rotary Club Porto Alegre – Norte.