Marcello Casal Jr/Agência Brasil
São Paulo, 18/08/2025 - O presidente do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS), Gilberto Waller Júnior, disse, em entrevista à GloboNews, que o instituto inicia a partir de setembro o pagamento dos segurados que receberam resposta das entidades associativas, mas que alertaram que as provas apresentadas são falsas.
Waller chamou esse período de uma "nova fase" para os beneficiários que não concordaram com a documentação apresentada pelas associações, em retorno as contestações. "O INSS, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Dataprev iniciaram uma auditoria nessa documentação", explica.
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De acordo com o último balanço do INSS, divulgado na quinta-feira, 14, 1,16 milhões de contestações receberam resposta das entidades dentro do prazo de 15 dias úteis, o que torna esses aposentados, neste momento, inaptos a aderirem ao acordo.
O INSS permitiu com que esses beneficiários contestassem novamente os documentos apresentados pelas associações. "Nessa nova janela, queremos pagar aqueles casos de contestação que não foram reconhecidos pelo nosso segurado", afirma o presidente.
Mais seis funcionários do instituto foram afastados e estão sendo investigados, suspeitos de participar na fraude dos descontos associativos, de acordo com Waller. "15 dias atrás fiz o afastamento de outras seis pessoas cauteladamente, para que não retornem ao serviço público."
A partir do dia 25 de agosto, o presidente afirmou que começam os procedimentos atrás de segurados de comunidades tradicionais remotas do País que sofreram descontos indevidos. "Primeiro vamos atingir ribeirinhos da região Norte, com o PREVBarco." Na entrevista, Waller reforçou que o INSS continua com atenção especial a indígenas, quilombolas e pessoas idosas com mais de 80 anos.
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