Faturamento com venda de livros cresce de novo em outubro
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Por Estadão Conteúdo
redacao@viva.com.brSão Paulo, 09/12/2025 - O varejo de livros no Brasil recebeu os resultados do 11º Painel do ano, pesquisa que mensalmente apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.
Os dados, divulgados pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen Book, registraram o resultado do setor no período do Dia das Crianças, de 6 de outubro a 2 de novembro e são animadores: aumento de 7,91% no faturamento e de 7,16% em volume.
Em números absolutos, no 11º período, o setor registrou a movimentação de 4,18 milhões de livros, ante os 3,9 milhões vistos em 2024. Em relação ao faturamento, foram R$ 208,84 milhões contra R$ 193,53 milhões de receita comparados ao ano anterior.
Em relação aos gêneros analisados, os únicos que apresentaram resultados positivos foram Infantil, Juvenil e Educacional (+0 63%) e Ficção (+1,39%).
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Os resultados são animadores, já que o setor vem superando seus números desde 2023. "Agora é só esperar os últimos períodos do ano, que vão ser impactados por fortes eventos para o comércio, como a Black Friday e as festas de fim de ano, para saber se o varejo de livros fecha 2025 com boas notícias", comenta Dante Cid, presidente do SNEL.
Acumulado do ano
Os resultados positivos dos últimos meses - mesmo com a desaceleração dos livros de colorir, contribuem para um saldo positivo em 2025.
Em números reais, no acumulado de 2025 foram comercializados 48 26 milhões de livros contra 44,75 milhões em 2024 - uma variação positiva de 7,79%. No faturamento, a performance também é positiva, sendo R$ 2,49 bilhões de receita contra R$ 2,28 bilhões no ano de 2024 - variação positiva de 9%.
Em 2025, o preço médio do livro apresentou uma alta de 1,12% em relação ao ano anterior, saindo de R$ 51,08 para R$ 51,95. A bibliodiversidade, porém, está menor. A queda de 2024 para 2025, nesta 11ª apuração da pesquisa, é de -18,17%.
"É um movimento que me preocupa. Normalmente uma queda na bibliodiversidade significa que as editoras estão trabalhando num modo mais conservador e arriscando menos", analisa Dante. "Com isso, consequentemente há perdas em relação às oportunidade de descoberta de novos autores e segmentos".
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