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Livrarias de rua ganham mapa com 37 espaços em São Paulo

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Mapa de livrarias de rua em São Paulo será lançado em dezembro - Divulgação
Mapa de livrarias de rua em São Paulo será lançado em dezembro

Por Alexandre Barreto, especial para o Viva

redacao@viva.com.br
Publicado em 05/11/2025, às 15h03
São Paulo, 05/11/2025 - “Uma cidade com livrarias é uma cidade com mais leituras.” Essa é a premissa descrita no "Mapa das Livrarias de Rua de São Paulo", que reúne 37 livrarias espalhadas por diversos bairros da capital. O projeto independente nasceu da união de um grupo de livreiros e tem lançamento previsto para a primeira semana de dezembro. 
O mapeamento contém fachadas e vitrines cheias de história, além dos endereços, horários de funcionamento e perfis nas redes sociais.
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“Esse mapa é um presente para os leitores e também contribui para uma série de discussões sobre temas relevantes, como a importância das livrarias para a cidade, a formação de leitores, a bibliodiversidade e o ecossistema do livro", diz Julia Souto, sócia-idealizadora da Livraria Miúda, na Pompéia, uma das participantes.

Livrarias físicas versus online

O dado reforça que o interesse pelas livrarias físicas vem ganhando novo fôlego. Um levantamento da Câmara Brasileira do Livro (CBL) em parceria com a Nielsen BookData revela que 49% dos brasileiros optariam por comprar livros em lojas físicas se os preços fossem equivalentes aos do online.
Além disso, 42% dos entrevistados adquiriram entre três e cinco livros no último ano, enquanto 11,5% compraram mais de dez obras, um indicativo de que o consumo literário segue conectado à experiência presencial.
Segundo a Associação Nacional de Livrarias (ANL), o Brasil possui cerca de 2.972 livrarias físicas em território nacional, de acordo com dados do último Anuário Nacional de Livrarias, com levantamento realizado em 2023.
Uma pesquisa interna realizada no primeiro semestre de 2025 revelou que a presença física segue insubstituível: 63,3% dos livreiros apontam que sessões de autógrafos, lançamentos e encontros literários continuam sendo o principal fator de atração do público.
O setor, no entanto, ainda enfrenta forte concorrência das grandes plataformas digitais, preocupação citada por 70% dos associados. Apesar disso, o resultado do segundo semestre de 2025 é otimista. Quatro em cada dez livrarias brasileiras projetam crescimento de até 10% nas vendas, segundo a pesquisa da ANL.
O sentimento positivo vem dos resultados do início do ano: 36,7% registraram aumento entre 5% e 20% nas vendas, e outros 10% superaram esse patamar. Para a associação, é um sinal de que o hábito de comprar livros em espaços físicos voltou a movimentar a economia da leitura.

O projeto do mapa em SP

Mesmo que não reúna todas as livrarias de rua de São Paulo, o objetivo do "Mapa das Livrarias de Rua de São Paulo" é dar visibilidade, fortalecer e promover esses espaços como centros de convivência cultural e aproximar leitores.
A ideia do projeto amadureceu ao longo de dois anos de encontros entre livreiros que compartilham desafios e estratégias para manter suas portas abertas em meio à crescente digitalização do mercado. Também conta com o apoio e patrocínio de mais de 30 entidades ligadas ao livro, entre editoras, distribuidoras e instituições culturais.
As ilustrações do mapa, enviadas com exclusividade ao Viva, são de Isadora Ferraz e projeto gráfico assinado pelo artista visual MZK, em uma tiragem inicial de 40 mil exemplares gratuitos.
“A ilustração é um meio de comunicação que é capaz de transportar as pessoas para outros mundos, da mesma forma que estimula as pessoas a conhecerem e vivenciarem estes mundos, que neste caso são as livrarias físicas e os livros que muitas vezes podem passar despercebidos”, conta Ferraz.
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“Procurei dar atenção a detalhes importantes dentro da ambientação de cada livraria, como o tamanho e a proporção dos objetos, de modo que captassem a atmosfera de cada uma delas, como, por exemplo, os livros suspensos no ar na Livraria da Tarde”, explica a ilustradora.
Os mapas serão distribuídos em livrarias, eventos literários e centros culturais, além de uma versão digital.

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