Expresso Turístico Luz- Paranapiacaba: quanto custa e como garantir ingressos para o passeio de trem

Foto: Divulgação/CPTM

A bordo de vagões da década de 1960, os passageiros viajam do coração da capital até a charmosa vila inglesa de Santo André - Foto: Divulgação/CPTM
A bordo de vagões da década de 1960, os passageiros viajam do coração da capital até a charmosa vila inglesa de Santo André

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 06/09/2025, às 14h03

São Paulo, 06/09/2025 - Pouca gente sabe, mas São Paulo guarda um dos passeios turísticos mais encantadores, e concorridos, do estado: o Expresso Turístico da CPTM, mais conhecido como Trem para Paranapiacaba

A bordo de vagões da década de 1960, os passageiros viajam do centro da capital até a charmosa vila de Santo André, construída no século XIX para abrigar operários da ferrovia São Paulo Railway. 

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A experiência a bordo

O trem parte da Estação da Luz, em São Paulo, geralmente aos domingos e feriados. O embarque começa às 8h e, às 8h30, a locomotiva a diesel dos anos 1950 inicia a viagem de cerca de duas horas. Já o retorno à capital ocorre às 16h30.

Apesar do trajeto cortar grande parte da região metropolitana, o clima muda totalmente quando os trilhos alcançam a Serra do Mar.

Dentro dos vagões históricos, há conforto simples, serviço de bordo pago e, em algumas datas, monitores que compartilham curiosidades pelo sistema de som. 

A chegada acontece em grande estilo: o desembarque é feito no antigo galpão ferroviário de Paranapiacaba, cenário que parece saído de um filme inglês.

O que fazer em Paranapiacaba

A vila preserva forte influência britânica na arquitetura e na atmosfera. A famosa Torre do Relógio Benson, o Castelinho (antiga casa do engenheiro-chefe), a Casa Fox, o Museu Funicular e o Pátio Ferroviário estão entre as atrações mais visitadas.

Além dos museus e construções históricas, os turistas encontram feirinhas de artesanato, bares e restaurantes que se espalham pela vila nos fins de semana. 

Outro destaque é o Antigo Mercado, onde o protagonista é o cambuci, fruta típica da Mata Atlântica transformada em geleias, cachaças, sorvetes e até coxinhas.

Para quem gosta de natureza, também é possível contratar guias locais e percorrer trilhas que levam a miradouros e cachoeiras da Serra do Mar.

Como comprar ingressos (e por que é tão difícil)

Conseguir um lugar no trem é a parte mais desafiadora do passeio. As passagens, vendidas pelo site da CPTM e em pontos de venda físicos, esgotam em poucos minutos. Isso porque as vendas são abertas apenas uma vez por mês, sempre para os trajetos do mês seguinte.

O valor atualizado é de R$ 50 por pessoa ida e volta, mas há descontos progressivos para grupos: dois passageiros pagam R$ 82, três custam R$ 115, e assim por diante.

A melhor dica é seguir o perfil oficial @expressoturisticocptm, no Instagram, que divulga o calendário de viagens e o início das vendas.

Alternativas para chegar à vila

Quem não conseguir passagem pode optar por outros meios. A vila está a 60 km de São Paulo, acessível de carro ou transporte público.

  • De trem + ônibus: basta pegar a Linha 10-Turquesa da CPTM até Rio Grande da Serra (R$ 5,20) e, de lá, um ônibus municipal até Paranapiacaba (R$ 8,75).
  • De carro ou aplicativo: viagem rápida de pouco mais de uma hora a partir da capital, mas sem o charme ferroviário.

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Vale a pena?

Apesar do trajeto longo e dos bilhetes disputados, o passeio de trem é uma experiência única para quem gosta de história e quer conhecer um pedaço preservado da cultura ferroviária e inglesa no Brasil. 

Passar um dia em Paranapiacaba é mergulhar em um clima diferente, entre neblina, casinhas de madeira e um roteiro cheio de história, trilhas e boa comida.

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