Veja a lista de bares interditados em SP por suspeita de metanol

Paulo Pinto/Agência Brasil

Bar Ministrão, na Av. Lorena com Ministro Rocha Azevedo (Jardins), interditado pela Vigilância Sanitária, após suspeita de bebidas com metanol - Paulo Pinto/Agência Brasil
Bar Ministrão, na Av. Lorena com Ministro Rocha Azevedo (Jardins), interditado pela Vigilância Sanitária, após suspeita de bebidas com metanol
Por Estadão Conteúdo estadaoconteudo@estadao.com

Publicado em 08/10/2025, às 14h00

São Paulo, 08/10/2025 - O gabinete de crise instaurado pelo Governo de São Paulo para combater a falsificação e a adulteração de bebidas no Estado já interditou 11 estabelecimentos suspeitos de comercializar destilados contaminados com metanol. Os alvos são bares, restaurantes, adegas e distribuidoras.

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A ingestão de bebidas adulteradas tem provocado internações em diferentes municípios do País. Ao menos 200 casos estão em investigação em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Em São Paulo, onde há 158 ocorrências em análise, três mortes (duas na capital e uma em São Bernardo do Campo) foram provocadas pela intoxicação por metanol, conforme exames.

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Os 11 bares interditados são:

  • Bebilar Distribuidora (Bela Vista, São Paulo).
  • BBR Supermercado (Bela Vista, São Paulo).
  • Beco do Espeto (Itaim Bibi, São Paulo).
  • Bar e Restaurante Ministrão (Jardins, São Paulo).
  • Torres Bar (Mooca, São Paulo).
  • Adega Fim de Semana (M’Boi Mirim, São Paulo).
  • Empório Santos (Cidade Dutra).
  • Adega do Lelê (Osasco).
  • Adega Los Hermanos (Osasco).
  • Villa Jardim (São Bernardo do Campo).
  • Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas (Barueri).

Na terça-feira, 7, o governo anunciou que um dos estabelecimentos da lista foi parcialmente desinterditado, mas ainda está impedido de vender destilados por decisão judicial. O nome do local não foi divulgado, mas o Beco do Espeto anunciou nas redes sociais, no último fim de semana, o retorno das atividades.

"Após uma apuração rigorosa, os órgãos competentes confirmaram que a denúncia contra o Beco era infundada e, por isso, tivemos uma decisão judicial que autorizou a reabertura do bar", informou o estabelecimento em nota nas redes sociais.

"A única exigência feita pela juíza é que, em vista do caráter epidemiológico da intoxicação por metanol, nossas vendas de destilados sejam suspensas até que a situação social se acalme e o Estado tenha certeza de que ninguém mais corre perigo em SP", acrescentou o Beco do Espeto no comunicado.

O que dizem os estabelecimentos?

A distribuidora Bebilar, que também responde pelo estabelecimento BBR Supermercado, afirma que a interdição ocorreu por conta de exigências sanitárias, sem qualquer relação com produtos sem nota fiscal ou de origem irregular.

"A empresa encontra-se completamente fechada ao público e vem trabalhando intensamente para cumprir todas as exigências de melhorias estruturais e sanitárias determinadas", diz a nota publicada nas redes sociais.

Segundo a Bebilar, a interdição decorreu de desdobramentos de uma intoxicação supostamente provocada pela ingestão de uma caipirinha no Bar Ministrão (também interditado), que recebe os produtos da distribuidora, como Velho Barreiro e Pinga 51.

"Importante destacar que não houve fornecimento de vodca ao referido estabelecimento", disse a empresa. Ao se referir ao Velho Barreiro e à Pinga 51, o estabelecimento afirma que ambos possuem "regularidade de compra e fornecimento".

O Ministrão usou as redes sociais para afirmar que as bebidas são adquiridas de fornecedores oficiais, com nota fiscal e procedência garantida, e informou que a equipe jurídica conversaria com fornecedores "para apurar todos os detalhes".

O Torres Bar, da Mooca, diz colaborar com os órgãos de fiscalização competentes e afirma que os produtos vendidos no bar são adquiridos de distribuidores oficiais.

"Com 22 anos de história na Mooca, construímos nossa reputação como um espaço familiar, de grande amizade e de boas experiências", afirmou o bar nas redes sociais. "Jamais tivemos qualquer acontecimento relacionado a esse tipo de situação e continuamos firmes no nosso compromisso com a segurança, a qualidade e o respeito aos nossos clientes", acrescentou.

O Villa Jardim, em São Bernardo do Campo, informou que as bebidas vendidas no estabelecimento são compradas lacradas e em condição original.

"Embora tenhamos ciência de apenas um relato em que foi alegado o consumo de bebida alcoólica em nosso estabelecimento e, subsequentemente, a pessoa tenha se sentido mal, enfatizamos que o Villa Jardim preza rigorosamente pela qualidade dos produtos comercializados e dos serviços prestados", disse o bar em comunicado nas redes sociais.

O Empório Santos diz ter compromisso com a transparência junto aos clientes e que também presta colaboração às autoridades e órgãos competentes. "Reafirmamos que não temos nenhum envolvimento - repito, nenhum envolvimento - com bebidas adulteradas", disse o estabelecimento em nota.

A reportagem ainda busca contatos com os estabelecimentos Adega Fim de Semana, Adega do Lelê, Adega Los Hermanos e com a distribuidora Brasil Excellance Comercial Distribuidora de Bebidas.

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