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Copom deve manter Selic em 15% na última reunião do ano

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Expectativa entre analistas é de ciclo de cortes na Selic ao longo de 2026, a dúvida está em quando será o início - Adobe Stock
Expectativa entre analistas é de ciclo de cortes na Selic ao longo de 2026, a dúvida está em quando será o início

Por Fabiana Holtz e Equipe da Broadcast

redacao@viva.com.br
09/12/2025 | 11h23
São Paulo, 09/12/2025 - É praticamente unânime no mercado a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manterá a taxa de juros (a Selic) em 15% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. A decisão, que será conhecida amanhã, marca a última reunião do Copom em 2025 e acontece no mesmo dia em que o Federal Reserve (FED) também se pronuncia sobre os juros dos Estados Unidos.
Para a maior parte dos analistas, um novo ciclo de redução dos juros no Brasil é esperado para breve. A dúvida do momento, no entanto, é o quão próximo está o início desse ciclo. Diante dessa incerteza, os olhares se voltam para o comunicado do colegiado, em busca de sinais de seus próximos passos.
Por enquanto, com os juros nesse patamar, as condições para empréstimo e consumo continuam pressionadas e pouco atrativas, enquanto o investimento em renda fixa permanece interessante. O recomendável, considerando o cenário, é evitar entrar em novas dívidas e manter-se fiel ao seu planejamento financeiro.
Entre os economistas consultados pela Broadcast, a expectativa é de "ajustes marginais" na comunicação do colegiado. Com isso, espera-se que o BC reforce sua postura dependente de dados e mantenha certa flexibilidade para as decisões seguintes.
Conforme pesquisa Projeções Broadcast, a maior parte das casas prevê reduções da Selic a partir de março (17 de 35). Outras 14 instituições projetam cortes já em janeiro, e três casas veem diminuição do juros somente a partir de abril. Uma casa consultada acredita que haverá corte de 0,25 ponto porcentual já na reunião de dezembro.

Parcimônia e cautela

Para Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS GWM, é maior a probabilidade de cortes a partir de março ou abril. Na visão dela, caso o Comitê já planeje reduzir a Selic em janeiro, é possível que adicione algum recado sobre ter parcimônia e cautela nos próximos passos.
Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal do BC realizada com cerca de 140 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, a perspectiva para a Selic ao longo do próximo ano é de queda, encerrando 2026 em 12,25% ao ano. Levantamento da Febraban também revela que 85,7% das instituições financeiras esperam que os primeiros cortes ocorram já no primeiro trimestre.
Por outro lado, a antecipação do mercado a essa queda tende a abrir espaço para a valorização de ativos prefixados, títulos atrelados à inflação e operações de crédito privado, ao mesmo tempo em que reduz o retorno de quem continuar concentrado apenas em títulos atrelados ao CDI.

Projeções para 2026

O diretor de pesquisa econômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, defende há algum tempo que o Copom já tem condições técnicas para cortar a Selic. A desaceleração da inflação e da atividade é um forte sinal de que a política monetária está surtindo o efeito desejado e segurando a demanda. E mesmo o mercado de trabalho, último elo da economia a sentir os impactos da política restritiva, conspira a favor do início do processo de redução dos juros.
Tendo em vista a conjuntura atual, Oliveira projeta que a Selic vai terminar 2026 em 11,5% ao ano. A estimativa está bem abaixo do consenso de 12,25% do boletim Focus, pesquisa semanal do BC realizada com cerca de 140 instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia. Para ele, o ciclo de cortes deve começar em janeiro, com uma redução de 0,25 ponto porcentual, que ganha ritmo ao longo do ano.
Palavras-chave BC Copom dinheiro economia juros Selic

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