Cresce o número de empresas que oferecem previdência privada a funcionários, diz Mercer

Envato

Envelhecimento da força de trabalho contribui para esse aumento da oferta de plano de previdência privada para os colaboradores - Envato
Envelhecimento da força de trabalho contribui para esse aumento da oferta de plano de previdência privada para os colaboradores

Por Jean Mendes, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 15/08/2025, às 10h24 - Atualizado às 12h41
São Paulo, 15/08/2025 -  Mais da metade (53%) das 1.007 empresas de médio e grande porte ouvidas pela Pesquisa de Benefícios Corporativos, da consultoria Mercer, oferece plano de previdência privada, na última pesquisa esse porcentual era de 51%. 
Entre as companhias que ainda não têm o benefício, 49% pretendem concedê-lo nos próximos três anos. Na avaliação de Tiago Calçada, diretor da área de wealth da Mercer Brasil, o envelhecimento da força de trabalho contribui para esse aumento da oferta de plano de previdência privada para os colaboradores.
Leia também: Mercado de seguro de vida avança com longevidade e diversificação de serviços
O estudo identificou que em 66% das empregadoras, a gestão do benefício é feita por seguradora, 18% por entidade fechada multipatrocinada e 16% por entidade fechada própria. 
Segunda a pesquisa da Mercer, as empresas estão buscando modelos de gestão dos seus programas de previdência que oferecem maior flexibilidade e menor risco financeiro. Os planos implantados, na sua totalidade, foram estruturados no modelo de contribuição definida (CD), sendo a gestão, na maior parte dos processos, feita por uma seguradora que oferecem as modalidades PGBL/VGBL.

Benefícios financeiros

Calçada afirma que os funcionários cobram das empresas algum benefício previdenciário. Ele observa o crescimento dos programas de bem-estar financeiro, que incluem previdência, mas não se limitam a ela. Um dos exemplos citados são palestras de educação financeira e outros benefícios que ajudam o funcionário a ter uma vida financeira mais saudável.
O diretor aponta que, em três de cada cinco casos, de problemas mentais têm origem em dificuldades financeiras. “Então, não adianta a gente ver uma tendência muito forte de empresas oferecendo programas de saúde mental, que é adequado e que faz todo sentido, mas se você não tratar e não oferecer algum tipo de apoio para a causa-raiz, que são os problemas financeiros, de grande parte dos problemas mentais”.
Outro ponto que o Tiago Calçada tem percebido é uma procura cada vez maior dos funcionários que ganham abaixo do teto do INSS pedindo para aderir aos planos oferecidos pelas empresas. “A gente tem percebido que as empresas têm nos procurado para entender como abarcar um porcentual maior dos seus funcionários. Porque as pessoas já perceberam, ou estão percebendo, que muito provavelmente o benefício da previdência social não será suficiente para a manutenção do padrão de vida delas na aposentadoria.” 
As empresas participantes da pesquisa são dos segmentos financeiro, tecnologia, agronegócio, infraestrutura, varejo, bens de consumo não duráveis, energia, entre outros. Mais de 66% delas têm faturamento acima de R$ 100 milhões.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Últimas Notícias