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São Paulo, 13/08/2025 – Um segmento que tem sentido com mais intensidade os reflexos da maior longevidade da população, o mercado de seguro de vida segue atento ao forte potencial financeiro dessa faixa economicamente ativa da população. Reflexo dessa nova realidade, temos aqui um produto que hoje tem alcançado até cinco gerações de consumidores.
Entre janeiro e maio, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), dos R$ 31,5 bilhões em prêmios de seguros de pessoas, 47% foram para o segmento de seguro de vida. Nos primeiros cinco meses do ano, o volume de prêmios pagos nas apólices de vida individual aumentaram 11,6% em relação ao igual período do ano anterior. A liderança segue com seguro doença, com alta de 17,8%.
Mas como funciona a cobertura? O que muita gente ainda não sabe é que existem serviços que podem fazer parte da sua apólice de seguro de vida tanto no contrato individual quanto coletivo (através da empresa) que são bastante úteis. São coberturas de renda em situações importantes como no afastamento por acidentes, a perda do emprego, no diagnóstico de uma doença grave e inclui até assistência psicológica. Leia a apólice com atenção e pergunte sobre as proteções que te interessam.
Na visão de Ana Flávia Ferraz, presidente da Comissão de Produtos de Risco da Fenaprevi, essa é uma estratégia importante de proteção financeira, porque pode atender as mais diferentes necessidades e nas mais diversas fases da vida.
Ferraz pondera que ao se observar a faixa da população economicamente ativa, o público acima de 50 anos é o que mais tem crescido. “Nesse contexto, diante da maior longevidade do brasileiro, a necessidade e importância de se falar em proteção e planejamento financeiro fica latente”, afirma.
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Dennys Rosini, diretor de produtos da Prudential do Brasil, concorda e chama a atenção para a personalização das apólices, com oferta de produtos na linha Vida com capital segurado de até R$ 100 milhões.
Há proteções para serem usadas em vida, como coberturas para doenças graves, renda hospitalar, cirurgias e fraturas, por exemplo, diz o executivo. Essas quatro coberturas são as mais acionadas pelos clientes da Prudential, destaca. “Hoje, 90% de todas as indenizações pagas pela seguradora são referentes às coberturas para uso em vida”.
Hoje, a idade média dos clientes da Prudential, no momento contratação da apólice, é de 40 anos. Cerca de 60% são do sexo masculino e, 40%, do sexo feminino.
Rosini observa que a procura de seguros de vida pelas mulheres vem crescendo na companhia. “O volume de mulheres na nossa carteira de clientes triplicou nos últimos dez anos, mostrando que elas estão mais conscientes da necessidade de proteção para si mesmas e suas famílias, já que elas são responsáveis por metade dos lares brasileiros”.
Essa distância entre os gêneros, concorda Ferraz, da Fenaprevi, está cada vez menor e próxima da equidade. E a diversificação das coberturas e personalização dos contratos também contribuiu para esse novo perfil de consumidor, com uma evolução gradual e constante.
Pesquisa realizada em 2024 pelo Datafolha, em parceria com a Fenaprevi, identificou que 18% dos entrevistados possuiam seguro de vida. Desse total, 27% tinham contratado a proteção por conta do seu empregador. Ou seja, o contrato coletivo foi oferecido pela empresa ao funcionário. No ano anterior esse grupo representava 21%.
No recorte por classe econômica, dos 362 entrevistados que possuiam seguro de vida, 48% se enquadravam nas classes A e B e 44% na classe C.
No universo corporativo, a cobertura oferecida pelos empregadores também tem ganhado terreno e representado um papel muito importante na vida desses trabalhadores, que em muitos casos não teriam condições de contratar essa proteção.
Desde 2020, Rosini diz ter observado uma maior consciência do público sobre como o seguro de vida pode ser um instrumento de proteção financeira, inclusive, para a própria pessoa e toda a família. “Um exemplo é o diagnóstico de uma doença grave, como o câncer, que pode afetar diretamente a renda familiar, seja porque o principal provedor precisa se afastar do trabalho por conta da doença, ou para cuidar de quem está doente”, explica. Nessa situação, o seguro pode desempenhar um papel crucial de ajudar nas despesas médicas, com a compra de medicamentos ou mesmo no pagamento das contas da casa.
Na Prudential Brasil, hoje mais da metade dos clientes do ‘Vida Individual’ são da geração Millennials (com idades entre 28 e 43 anos). A participação da geração Z (com idades entre 18 a 27 anos) também tem crescido e já representa 11,4% das novas apólices. De todas as contratações de Vida Individual em 2024, 9,5% eram de pessoas da geração Z.
E mais recentemente a empresa ampliou a idade a idade máxima de contratação para a cobertura básica de morte do seguro Vida Inteira Único de 70 para 80 anos e lançou um produto com foco no público de 65 a 75 anos, chamado de Novo Vida Inteira - Idades Especiais.
Um dos seguros mais procurados e contratados é o que oferece indenizações para doenças graves, confirma Ferraz, da Fenaprevi. “Isso é explicado em boa parte pelo processo da pandemia que passamos recentemente. A percepção de ter um seguro hoje está muito mais próxima dessas necessidades de usufruir deste seguro em vida”.
A profissional alerta, no entanto, que ainda hoje tem gente que trata o seguro de vida como um contrato de gaveta (que não tem registro em cartório) e não atualiza nem mesmo o nome dos beneficiários.
“Isso é muito importante. Esteja sempre atento às condições, prazos e cláusulas de sua apólice. Recomendo também incluir uma proteção para perda de renda em seu contrato, se você já tem um, em especial para empreendedores PJ (Pessoa Jurídica)”, ensina.
Ao contratar um seguro de vida, com a cobertura básica de morte, saiba que é possível adicionar coberturas opcionais, com foco em uma proteção financeira mais completa e que te ajude a manter a renda ou custear despesas médicas diante de imprevistos.
Existem coberturas para doenças graves, que oferecem o pagamento de benefício em caso de diagnóstico de mais de diversas doenças.
Em seu blog, a Porto Seguro destaca até oito benefícios disponíveis que talvez o público não conheça, como assistência à saúde mental e física, por exemplo, e até para resolver pequenos reparos da sua residência.
Em paralelo, cada vez mais jovens estão começando a enxergar esse produto não apenas como uma proteção para o futuro, mas como um benefício real e presente.
Segundo Ana Flávia Ferraz, especialista da Fenaprevi, na hora de contratar um seguro de vida você precisa atentar para quatro características importantes:
1 – Verificar o prazo de carência.
2 – Critérios de atualização do valor contratado, que é ajustado periodicamente.
3 – Fique atento a atualização da parcela, que pode ser anual ou semestral. Alguns contratos tem um adicional por idade.
4 – Lista de beneficiários. É muito importante garantir que a sua indicação para beneficiários esteja sempre atualizada.
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