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Ferramenta de bloqueio de ‘bets’ já está disponível; saiba como usar

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Ministérios da Fazenda e Saúde se uniram para oferecer plataforma de autoexclusão de bets e facilitar acesso ao tratamento de compulsão - Adobe Stock
Ministérios da Fazenda e Saúde se uniram para oferecer plataforma de autoexclusão de bets e facilitar acesso ao tratamento de compulsão
Por Emanuele Almeida

11/12/2025 | 08h17

São Paulo, 11/12/2025 - Entrou em operação nesta semana a Plataforma Centralizada de Autoexclusão, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Fazenda e da Saúde que permite aos cidadãos bloquearem, de uma única vez, o acesso a todos os sites de apostas e interromperem o recebimento de propagandas do setor.

A medida visa prevenir danos financeiros e à saúde mental, posicionando o Sistema Único de Saúde (SUS) como protagonista no acolhimento de pessoas com problemas relacionados ao jogo.

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A ferramenta, que pode ser utilizada tanto por apostadores quanto por quem deseja apenas evitar a publicidade das "bets", já está disponível e exige autenticação pela conta Gov.br. Ao acessar o sistema, o usuário é conectado diretamente a informações sobre pontos de atendimento da rede pública e canais de suporte, como a Ouvidoria do SUS e o aplicativo Meu SUS Digital.

Dentro da plataforma o usuário consegue escolher o tempo de bloqueio de até um ano, ou por período indeterminado, assim como pode escolher a justificativa que melhor se encaixar para o motivo da suspensão.

Leia também: Aprenda como aumentar o nível de sua conta no Gov.br

Como fazer o bloqueio

O processo é totalmente digital e integrado aos serviços do governo federal pelo celular ou computador. Confira como proceder:

  1. Acesse o site oficial do Ministério da Fazenda (clique aqui) e faça login com sua conta Gov.br;
  2. No menu lateral esquerdo, clique na opção “Solicitar ou consultar minha exclusão das plataformas”, ou pesquise "autoexclusão" na lupa de pesquisa;
  3. Defina o prazo: O usuário deve escolher o período de bloqueio, que varia de um mês a tempo indeterminado;
  4. Informe o motivo: As opções variam desde uma decisão voluntária preventiva até a proteção de dados pessoais contra o uso por casas de apostas;
  5. Confirmação: O sistema exibirá uma página confirmando que a autoexclusão foi efetivada.
Captura de tela da plataforma de autoexclusão de bets do Ministério da Fazenda
O acesso à plataforma é simples e pode ser feito pelo celular ou computador. Foto: Emanuele Almeida

Direcionamento ao SUS

Diferente de ações anteriores focadas apenas na regulação econômica, a nova agenda coloca a saúde mental no centro da estratégia. O Ministério da Saúde ampliou os investimentos na área em 70% entre 2022 e 2025, totalizando R$ 2,9 bilhões, e reforçou a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

Para quem sente que o hábito de apostar está se tornando um problema, o governo disponibilizou o Autoteste de Saúde Mental no Meu SUS Digital. Embora não substitua um diagnóstico médico, o teste serve como um instrumento de apoio para que o usuário entenda seu nível de risco e busque ajuda profissional.

Leia também: Vício em bets deveria ser questão de saúde pública, defendem especialistas

Quem busca orientação imediata pode recorrer à Ouvidoria do SUS, cujos profissionais foram treinados para lidar com o tema. O atendimento é feito pelo telefone 136, WhatsApp, formulário web ou chat no site do Ministério.

Além disso, uma nova frente de atendimento especializado está programada para começar em fevereiro de 2026. Através de uma parceria com o Hospital Sírio-Libanês, a rede pública ofertará teleatendimentos em saúde mental com foco específico em jogos e apostas. Serão ofertados 450 atendimentos online mensais, com previsão de aumento conforme a demanda.

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