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IPC60+ Fipe: em outubro, inflação volta a pressionar mais os idosos

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A alta de preços foi sentida meio ponto percentual a mais pelos mais velhos, com foco nos medicamentos e alimentação - Envato
A alta de preços foi sentida meio ponto percentual a mais pelos mais velhos, com foco nos medicamentos e alimentação

Por Humberto Dantas*

redacao@viva.com.br
Publicado em 05/11/2025, às 15h26

São Paulo, 05/11/2025 - Depois de registrar discreto alívio no comportamento dos preços de produtos e serviços consumidos pelos idosos em setembro na cidade de São Paulo em relação ao índice geral, em outubro o IPC-Fipe voltou a apontar custo de vida mais elevado para a população com 60 anos ou mais na cidade. O IPC Geral de outubro fechou em 0,27%, enquanto o IPC 60+ ficou em 0,35%. Trata-se do sexto mês de 2025 em que o custo de vida das famílias compostas exclusivamente por pessoas idosas é maior que o geral, considerando aqui os lares cuja renda varia entre um e dez salários-mínimos.

Leia também: Na alta de preços, o brasileiro troca de marca mas não abandona os mimos

No ano, o IPC Geral acumula aumento de 3,30%, enquanto o IPC 60+ tem elevação de 3,80%, ou seja, um adicional de meio ponto percentual ao longo de 2025 sobre o custo de vida do idoso. Já no acumulado de 12 meses, a desvantagem da população 60+ se mantém: 5,31% contra 4,86% do IPC Geral.

Aqui, os itens de Saúde continuam sendo o grande vilão. Enquanto seu peso é quase três vezes maior no bolso dos idosos, sua variação anual é a maior dentre todos os grupos de preços coletados pela Fipe: 9,3% em 12 meses e 8,0% em 2025.

Em termos comparativos, o segundo grupo que mais variou nesses dois períodos na realidade dos idosos foi Habitação, com aumentos de 4,4% no ano e 4,3% em 12 meses.

Especificamente em outubro, os preços que mais oscilaram, positiva e negativamente, estão associados ao grupo de Alimentos. O valor da abobrinha recuou 11,8%, enquanto o arroz baixou 4,3% e a Muçarela 3,3%. Em contrapartida, a batata subiu 11,2%, o tomate 10,0% e a vagem 4,9%.

Tais comportamentos exigem atenção redobrada do consumidor, que em busca de economia, precisa reforçar a noção de bens substitutos, ou seja, variar suas compras conforme as vantagens de preço, afastando-se dos produtos que mais encareceram.

Para se ter uma ideia do quanto esta procura pode ser vantajosa, os preços da batata, da laranja, da mandioquinha, do arroz e do azeite de oliva já recuaram mais de um quinto em 2025. Enquanto isso, o pimentão, o tomate, o melão, o café em pó e o chuchu subiram quase um terço. 

*Humberto Dantas é doutor em ciência política pela USP e professor universitário. A pedido do Viva, o especialista avalia o custo de vida dos idosos à luz do IPC-Fipe.

Palavras-chave Fipe IPC inflação 60+ IPC 60+ idosos

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