Inflação medida pelo IPCA-15 de 4,41% no ano é a mais baixa desde 2020
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Por Daniela Amorim, da Broadcast
redacao@viva.com.brRio, 23/12/2025 - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,25% em dezembro depois de uma alta de 0,20% em novembro, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a taxa mais branda para o mês desde 2018, quando caiu 0,16%.
Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,41% no ano de 2025 e marcou o mais baixo porcentual para um fechamento de ano desde 2020, quando foi de 4,23%.
Dois dos nove grupos de produtos e serviços que integram IPCA-15 registraram quedas de preços em dezembro. Foram eles Artigos de Residência, redução de 0,64%, e Saúde e cuidados pessoais, queda de 0,01%.
Alimentação e bebidas
Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,13% em dezembro, após alta de 0,09% em novembro. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,08% em dezembro, após ter recuado 0,15% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,65%, ante alta de 0,68% em novembro.
Habitação
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,09% em novembro para um aumento de 0,17% em dezembro. Os destaques do grupo foram aumentos no aluguel residencial (0,33%) e na taxa de água e esgoto (0,66%). O gás encanado subiu 0,28%.
A energia elétrica residencial recuou 0,22% em dezembro. O IBGE lembra que em novembro, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Já em dezembro a bandeira tarifária é a amarela, com o adicional de R$ 1,885 para o mesmo nível de consumo.
Despesas pessoais
Os gastos das famílias brasileiras com Despesas pessoais passaram de uma elevação de 0,85% em novembro para um aumento de 0,46% em dezembro. O resultado do grupo foi impulsionado pelos aumentos em cabeleireiro e barbeiro (1,25%), empregado doméstico (0,48%) e pacote turístico (2,47%). Já a hospedagem recuou 1,18% em dezembro, após a alta de 4,18% registrada em novembro.
Leonardo Costa, economista do ASA, destaca ainda que os bens industriais também vieram acima do esperado. "Os itens de vestuário avançaram e tiraram o efeito que tivemos de desconto de Black Friday em eletrônicos e artigos pessoais", afirma.
Transportes
Os gastos com transportes passaram de um aumento de 0,22% em novembro para uma elevação de 0,69% em dezembro. As passagens aéreas subiram 12,71% e o transporte por aplicativo ficou 9,00% mais caro.
Os combustíveis tiveram alta de 0,26%. Houve aumentos de 1,70% no etanol e de 0,11% na gasolina, mas quedas de 0,26% no gás veicular e de 0,38% no óleo diesel.
O ônibus urbano diminuiu 0,69%, incorporando gratuidades concedidas aos domingos e feriados em Belém e Brasília, além da redução de tarifa em Curitiba. Houve impacto de gratuidades também no metrô (-0,62%), trem (-0,11%) e integração transporte público (-0,16%).
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