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Mercado de capitais do Brasil movimenta R$ 528,5 bi entre janeiro e setembro

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Queda foi puxada pelo fraco desempenho das emissões de ações. Já a renda fixa bateu novo recorde - Envato
Queda foi puxada pelo fraco desempenho das emissões de ações. Já a renda fixa bateu novo recorde
São Paulo, 20/10/2025 - O mercado de capitais brasileiro movimentou R$ 528,5 bilhões de janeiro a setembro, queda de 3,5% em relação a igual período de 2024, puxada pelo fraco desempenho das emissões de ações, enquanto a renda fixa bateu novo recorde, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Desse total, a grande maioria - R$ 487,3 bilhões - foram de operações de renda fixa, que ficou pouco acima de igual período de 2024 - R$ 485,8 bilhões. O volume de ofertas de renda fixa foi recorde na série histórica, de acordo com a Anbima. Já nas ações, foram R$ 4,2 bilhões, recuo de 80,7% na mesma base de comparação.
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Na renda fixa, o destaque em volume ficou com as debêntures, que somaram R$ 317,59 bilhões de janeiro a setembro, também em linha com o mesmo período do ano passado (R$ 315,6 bilhões).

Último trimestre

O presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, disse que inicialmente se imaginava que em 2025 seria difícil superar o recorde de emissões de 2024, quando as captações cresceram mais de 70%. Mas os volumes até agora de 2025 estão quase chegando lá. "Ainda podemos ter um último trimestre bastante forte", disse.
O volume de debêntures incentivadas supera, pela primeira vez, a marca de R$ 100 bilhões, chegando a R$ 113,6 bilhões até setembro, expansão anual de 18%. "As debêntures se consolidam como um instrumento de financiamento da infraestrutura", afirmou o diretor da Anbima, César Mindof.
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O prazo médio das debêntures está em 8 anos, mas nas incentivadas, sobe para 12,67 anos. Energia elétrica (R$ 78 bilhões), transporte e logística (R$ 55,8 bilhões) são os dois segmentos da economia que mais captaram recursos pelas debêntures incentivadas este ano. Saneamento, que no passado ficava no topo da lista, ainda segue relevante, mas menos que os dois primeiros, com R$ 27,4 bilhões.

Captações no exterior

Entre janeiro e setembro, as captações feitas pelo Brasil no exterior cresceram 66% ante igual período do ano anterior, somando US$ 29,2 bilhões, segundo levantamento da Anbima. É a maior captação em volume no período desde 2014.
Este ano, até setembro, foram 29 emissões externas, incluindo o Tesouro brasileiro, que levantou US$ 8,5 bilhões. No mesmo período do ano passado, foram dezenove.
Para o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, uma nova janela pode se abrir pela frente no mercado externo, permitindo espaço para novas captações lá fora. Em novembro, por causa do feriado do dia de Ação de Graças, o mercado fica mais parado, mas em dezembro costuma voltar.

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