As debêntures, títulos da dívida que gera um direito de crédito para o investidor, lideraram as captações e chegaram a R$ 273,5 bilhões no ano. O desempenho, porém, representa queda de 3,7% ao registrado entre janeiro a agosto de 2024. Segundo a Anbima, a maior parte dos recursos captados foi destinada a investimentos em infraestrutura (36,9%) e ao pagamento de dívidas (26,7%). O prazo médio dos papéis atingiu 7,8 anos.
Fundos de Investimento
As captações por meio dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) somaram R$ 52,4 bilhões no acumulado de janeiro a agosto, montante recorde para o período e 10,2% acima do registrado nos primeiros oito meses de 2024.
“Os FIDCs seguem em trajetória ascendente, com o investidor cada vez mais familiarizado e com grande flexibilidade. Por essas e outras razões, o instrumento já é o segundo maior do mercado de capitais e possui o menor volume médio por operação, de R$ 78 milhões, o que sinaliza que vem sendo usado também por empresas de pequeno e médio porte”, afirma o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, em nota.
Ainda entre os instrumentos de securitização, os
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) somaram R$ 29,9 bilhões em 2025, apresentando queda de 27,0% no acumulado do ano. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), por sua vez, registraram em agosto R$ 6,6 bilhões em operações, o maior volume mensal do ano, e atingiram R$ 23,2 bilhões em ofertas no acumulado, redução de 12,8% frente ao mesmo intervalo do ano passado.
Em agosto, houve ainda a primeira emissão de Cédula de Produto Rural Financeira (CPR-F), título de crédito do agronegócio criado para viabilizar a antecipação de recursos por produtores rurais, no valor de R$ 1,5 bilhão.
As notas comerciais também alcançaram patamar inédito para os oito primeiros meses do ano, totalizando R$ 35,5 bilhões e apresentando aumento de 12,6%.
No segmento de títulos híbridos, os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) somaram R$ 29,6 bilhões no acumulado de 2025, queda de 16,5%.
Na renda variável, ocorreram operações de follow-on pelo sexto mês consecutivo, totalizando R$ 4,2 bilhões no ano.