Brasília, 29/09/2025 - O mercado de trabalho brasileiro criou 147.358 novos empregos formais em agosto, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (
Caged), divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Em julho, o saldo havia sido positivo em 134.251 vagas, já incorporando os ajustes na série. É o
pior resultado para o mês de agosto desde 2020, início do Novo Caged.
O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um saldo positivo de 182 mil novas vagas. As expectativas para esta leitura variavam de 110 mil a 215.151 vagas.
O saldo do mês é 61,6% menor do que o observado em agosto de 2024, quando foram criados 239.069 novos postos de trabalho, considerando a série com ajustes. O Caged registrou 2.239.895 admissões e 2.092.537 demissões em agosto deste ano.
Acumulado do ano
O saldo de janeiro a agosto é positivo em 1.501.930
postos formais, um resultado 13,8% menor do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram criados 1.742.664 novos empregos formais.
No acumulado dos últimos 12 meses (de setembro de 2024 a agosto de 2025), os números mostram 1.438.243 contratações líquidas, menor que o saldo observado no período de setembro de 2023 a agosto de 2024 (1.804.122).
Unidades da Federação
Em agosto, 25 das 27 unidades federativas registraram saldos positivos. Tiveram maior saldo São Paulo (45.450 vagas), Rio de Janeiro (16.128) e Pernambuco (12.692). Os menores saldos foram registrados no Rio Grande do Sul (-1.648), em Roraima (-262) e em Santa Catarina (315 postos).
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.295,01, um aumento de R$ 12,70 em relação a julho de 2025 (R$ 2.282,31), e de R$ 19,59 frente a agosto de 2024.
Agronegócio
A agropecuária registrou saldo negativo de 2.665 empregos em agosto, segundo os dados do Novo Caged. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a queda foi motivada principalmente pelo final da safra no cultivo de café, em especial em Minas Gerais.
Os demais quatro grandes setores acompanhados pelo governo federal tiveram criação líquida positiva.
O maior gerador de postos de trabalho no mês passado foi o setor de serviços, com um saldo de 81.002 postos formais de trabalho. O comércio registrou o segundo maior saldo, com 32.612 postos.
Na indústria, o saldo de emprego formal foi de 19.098 postos. A construção civil também registrou saldo positivo, com 17.328.